Sob Medida 115

32 Em relação à competitividade da marcenaria frente à indústria, ela destaca que o grande mérito é do profissional ao fazer uso dos inúmeros artifícios disponibilizados por meio das parceiras revendas. Entre esses pontos, contar com um portfólio amplo e sempre rico em lançamentos, com soluções muito próprias para o móvel sob medida, e um showroom que amplia o entendimento do cliente sobre os produtos premium, ajudaram bastante. Seja pela multiplicidade, pela flexibilidade ou capacidade de trabalho, os marceneiros alcançaram também um nível de parceria com seus clientes consumidores finais, que acabam por atuar como força de vendas para a marcenaria ao indicá- los e, continuamente, retomarem contato em qualquer necessidade. “A capacitação acaba ocorrendo não somente no formal com os mais de 300 eventos que promovemos por ano. Ocorre também no dia a dia, por meio de nossos processos financeiros, por exemplo, pela tecnologia que disponibilizamos, pelos produtos que apresentamos e, mais recentemente, pelos canais digitais, no qual vemos aumentar drasticamente a participação desse profissional”, frisa a dirigente. PARCERIA E TERCEIRIZAÇÃO O fato das revendas oferecerem serviços como corte e furação de chapas é visto por alguns profissionais como um tipo de “concorrência”. Por um lado, há os marceneiros que enxergam nisso uma facilidade ao terceirizar esses serviços para ganhar mais competitividade e agilidade na produção. Por outro, há aqueles que criticam a iniciativa por permitir que muitos profissionais ingressem no mercado apenas “montando” os móveis. A respeito dessa divergência, Farjoni, da Rede Pró, explica que serviços como corte, borda, furação e até usinagem são uma realidade de mercado consolidada, ofertada pelas revendas em quase todas as regiões do Brasil. Essa é uma iniciativa das revendas que vem sendo praticada desde a década de 1990 para servir melhor as marcenarias. Também são muito importantes para as marcenarias que, por exemplo, optam por terceirizar serviços. “É uma opção para agilizar a produção, focar mais em vendas e gestão, ou para momentos em que a marcenaria está totalmente tomada de serviços, mas não quer deixar de atender seus clientes. Sempre haverá marcenarias terceirizando e outras preferindo fazer todo o serviço dentro da sua própria oficina”, justifica Farjoni. Fabiane, da GMad, complementa sobre o assunto dizendo que entende as críticas e preocupações dos marceneiros, mas coloca que, seguramente, esse foi um dos pontos de fortalecimento do profissional. Alguns entendem que perderam com isso, pois criou mais um concorrente, mas essa entrada de mais profissionais ajudou na divulgação do projeto sob medida, criando barreiras para a massificação do setor via lojas franqueadas da grande indústria. “Outro ponto positivo foi a qualificação dos processos, alcançando um produto muito mais aderente à classe AB, normalmente mais trabalhada pelo marceneiro. Obviamente, para cada tipo de marcenaria, temos uma necessidade e para alguns o centro de serviços não faz sentido. Entretanto, entendemos que foi bastante impulsionador para o mercado como um todo”, vislumbra Fabiane. Revenda atua como facilitadora do trabalho dos marceneiros, permitindo modernização e agilidade nos serviços Para a GMad, ações da revenda contribuem para o profissional ter mais qualidade e produtividade, por meio dos centros de serviços ou acesso fácil a tecnologia Divulgação GMad Divulgação GMad

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