Sob Medida 115

50 rede para comprar esse automóvel. Nós fazemos o contrário. Portanto, falamos com essa rede que revende e se fala muito pouco com consumidor final. Esse pode ser um dos motivos para não temos essa relação. Sob | Você considera que o industrial pode executar quais ações para ter esse contato maior com o consumidor? Cenacchi | Tem uma série de estratégias. Temos que conseguir mostrar nosso produto para quem vai comprar o produto e ter um intermediário para falar com ele. Podemos usar o Salão do Automóvel como exemplo em que se tem um dia mais específico para negócios, mas o grande movimento do salão do automóvel é para o público geral. É quem compra o carro lá na ponta e vai comprar por meio do intermediário (vendedor ou lojistas). Lá, são as empresas, como Audi e Mercedes, que estão mostrando seus carros e falando com o consumidor final. Temos muita comunicação com fabricante de móveis e o intermediário que é o lojista (revendedor), mas em minha opinião se fala muito pouco com o consumidor. Então, como o consumidor vai querer um produto que ele nem sabe que existe? Se a loja não tiver interesse em colocar produtos novos e diferenciados, nunca vai chegar ao consumidor. Sob | Um fator que podemos analisar sobre isso é que, cada vez menos, o consumidor final está indo à loja, preferindo procurar móveis no e-commerce, além é claro dos diferenciais que esse canal proporciona? Cenacchi | Esses novos canais de comunicação e comercialização podem auxiliar, mas podem também se forem bem-feitos. Falando da Sayerlack, por exemplo, tentamos construir nossa marca com uma série de ações institucionais e técnicas, tentamos estabelecer um contato próximo com nossos clientes, que compram nossos produtos. Tentamos fazer contato com os especificadores e divulgar a empresa de forma institucional. Mostramos que a Sayerlack atua em vários países e que fomos construindo isso ao longo do tempo. Ainda tem muita coisa para fazer, mas sempre tentamos trabalhar em todas essas questões para construir essa relação. Sob | Pegando o exemplo da empresa: não é só trabalhar a Sayelack com a revenda, mas também reforçar a marca com marceneiro? Cenacchi | Isso, com marceneiro, revenda, consumidor final, especificador e com o consumidor industrial que também é nosso cliente. Assim, entendemos que temos que trabalhar em todas as frentes. Logicamente que em todos esses públicos têm um tipo de comunicação e essas formas novas de comunicação e comercialização podem auxiliar muito. Para chegar direto no consumidor, existem técnicas e formas adequadas de fazer isso e que podem ajudar muito na forma de divulgar e falar, como os influenciadores digitais, por exemplo. Sob | E como o setor moveleiro pode melhorar na agregação de marca? Cenacchi | A Sayerlack tenta estar a par de todas as tecnologias que existem no setor de tintas, por meio das matérias-primas e sistemas de produção e de utilização. Assim, tentamos estar o mais atualizado possível e, de posse dessas informações, tentamos transformar isso em produtos ou processos que possam auxiliar nosso cliente. Então, trabalhamos nesse sentido, mostrando que com a tinta, além dele ter uma flexibilidade grande na hora de produzir, pois ele pode ter diferentes cores e padrões, ele Às vezes o consumidor nem precisa, mas troca de celular por uma questão de status. A empresa temmérito por convencer o consumidor que, mesmo não precisando, comprou um celular novo” MARCELO CENACCHI Thiago Rodrigo/Revista Móbile ENTREVISTA

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1NDE=