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20 (mas continuam tendo força) para marcenarias menores que conseguem entregar projetos mais personalizados aos clientes – ainda que não haja dados específicos sobre isso. “Sou muito envolvido em redes sociais e tenho visto algumas marcenarias pequenas entregando bons projetos, especializando-se em nichos bem definidos e fazendo um bom trabalho”, assinala. Um ponto importante é essa segmentação cada vez maior do negócio. “Pequenas empresas que não se profissionalizam, deixam de ser produtora de móveis de fato e se tornam ateliê de conserto de móveis velhos”, percebe Stopa. Isso se soma aos marceneiros que se tornam “montadores de móveis” com apoio das revendas. É uma das grandes metamorfoses do negócio da marcenaria. Stopa justifica isso devido ao “boom”, vivido há 20 anos, da entrada do painel de madeira em MDF no mercado. “Hoje, cada vez mais as pequeníssimas, pequenas e médias marcenarias podem contar com a ‘indústria do corte’. Essas empresas que cortam e fitam todo o material. Isso tem trazido um ganho imenso aos adeptos dessa tecnologia em produtividade, qualidade, acabamento e tempo de entrega dos projetos”, aponta o idealizador do projeto Marcenarias do Brasil, que correu o País pesquisando histórias de marcenarias. TRANSFORMAÇÕES E PREPARAÇÃO O mercado consumidor está em transformação abrupta no modo de consumir e desejar os produtos. Questões relativas às novas formas ATENTO ÀS MUDANÇAS Marcenarias devem estar antenadas para se adaptarem e sobreviverem às constantes alterações do mercado Por Thiago Rodrigo ESPECIAL A s transformações nos modos de vida das pessoas em quase 20 anos deste século foram maiores do que em todo o século passado. Na marcenaria, isso não foi diferente. O mercado sob medida de dez anos atrás não é mais o mesmo e essa metamorfose certamente afetou o negócio da marcenaria. Na verdade, o mercado de móveis mudou de maneira geral. A visão do cliente é outra e, hoje, há mais consumidores com visão global, informações técnicas e definição clara do que quer e do que não quer, além de questionarem sobre detalhes que antes não eram tão relevantes. Muitas vezes as pessoas têm mais informações do que o vendedor, tendo maior sabedoria sobre acessórios, ferragens e acabamentos. “Quando chega para comprar o produto, ele quer alguém que faça a mediação da compra e o auxilie na tomada final de decisão. Isso coloca um peso muito maior na fase do atendimento”, afirma a designer da Haus Studio Design, Cláudia Lens. Ou seja, com tanta informação na internet, que é o local no qual o consumidor se educa a respeito de determinado desejo de compra, o que ele quer ser é bem atendido. Além desse fato, tanto na compra em ambiente físico quanto virtual, a personalização é outra corrente em alta. Por esse ângulo, o proprietário da Stopa Lab, escola de marcenaria e criadora de conteúdo no setor, Daniel Stopa, tem uma percepção pessoal de que as grandes franquias de móveis planejados perderam espaço Freepik Transformações da sociedade são enormes neste século e no mercado da marcenaria não é diferente

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