Sob Medida 118
35 é preciso uma atenção especial nesse quesito. A partir de 2011, o Corpo de Bombeiro tem exigido uma Resolução Técnica específica para quando vai fazer um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (A. V. C. B.) de uma edificação, que é a Notação de Responsabilidade Técnica das instalações elétricas de baixa tensão da empresa. A baixa tensão é a parte de tomadas, quadros, iluminação, toda a parte que tem curto circuito mais comum e precisa estar perfeita em termos de instalação conforme a NBR 5410, que é específica para instalações de baixa tensão. Uma das ações para diminuir o risco de incêndios em marcenarias é garantir que as instalações elétricas estejam perfeitas conforme normas técnicas. Sobre a atuação em um princípio de incêndio, há o princípio fundamental da segurança contra incêndio, que é baseado em três pilares. “Qualquer sistema de segurança contra incêndio vai falhar se não tiver bem ancorado em um desses três princípios, que são: equipamentos adequados para o tipo de risco que se tem; brigada bem preparada para atuar desde o foco de incêndio e manutenção periódica e adequada desses equipamentos”, defende Pirone. Se não tiver algum desses três, a empresa possui uma política de segurança contra incêndio falha. Para ter uma boa atuação no princípio de incêndio, é preciso ter equipamentos adequados, manutenção periódica desses equipamentos, para quando precisar ele funcionar, e uma brigada bem preparada para saber o que fazer em cada tipo de situação. “Esses três conceitos são definidos por normas. Em São Paulo, existe o decreto estadual 63.911, de 2018, mas cada estado tem a própria legislação, porém, quem baliza os decretos estaduais de segurança contra incêndios são as normas brasileiras regulamentadoras (NBR’s). Temos normas que definem quais os tipos de equipamentos são mais adequados para uma marcenaria, quais os tipos de treinamentos para uma brigada de incêndio para uma marcenaria, e qual o tipo de manutenção periódica que deve ser feito nos equipamentos de uma marcenaria”, detalha o coordenador de projetos da Fire Protect. Todavia, apesar de ser tudo muito bem normatizado e estabelecido, sendo inclusive um conhecimento relativamente antigo, Pirone comenta que no Brasil não há cultura de segurança contra incêndios e, por conta disso, muitos empresários acabam negligenciando essas normas e práticas. O resultado, infelizmente, podem ser casos como os que abriram esta matéria. CUIDADOS NECESSÁRIOS De acordo com a avaliação do diretor da Engetec — empresa que presta consultoria em diversos campos de segurança e prevenção —, Fabrício Taucita, a instalação de sistema de combate a incêndio é uma das ações de prioridade para prevenção. “É obrigatório justamente por prevenir acidentes em locais que oferecem alto risco de incêndio, seja pela grande quantidade de maquinários ou pela presença de substâncias e materiais inflamáveis, Para ter uma boa atuação no princípio de incêndio, é preciso ter equipamentos adequados, manutenção periódica desses equipamentos, para quando precisar eles funcionarem, e uma brigada bem preparada para saber o que fazer em cada tipo de situação” RAFAEL PIRONE COORDENADOR DE PROJETOS DA FIRE PROTEC Para combater princípios de incêndio é fundamental que os equipamentos estejam em perfeitas condições de uso iStock
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