PIB brasileiro deverá crescer 0,87% neste ano, diz Banco Central

Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, traz um reajuste na projeção de crescimento do país

Publicado em 16 de setembro de 2019 | 10:09 |Por: Everton Lima

De acordo com o boletim Focus, publicado no início de setembro, a economia brasileira deverá crescer 0,87% em 2019. Esse levantamento é divulgado pelo Banco Central e é fruto de análise de economistas e profissionais do mercado financeiro.

Esse indicador sofreu uma oscilação positiva, já que os economistas acreditavam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceria 0,80% neste ano. Um crescimento de sete décimos, apesar de parecer pouco, é algo significativo, pois o PIB contempla todas as riquezas produzidas no Brasil.

Se esse estudo se confirmar, 2019 terá um PIB menor do que o registrado nos últimos dois anos. Em 2018, o PIB foi de 1,1%. Em 2017, o resultado foi um crescimento de 1%.

Com relação a 2020, espera-se um crescimento mais significativo. O boletim Focus projeta um aumento no PIB de 2,07%. Já para 2021, a expectativa de que o país cresça 2,5%.

No entanto, muitos fatores podem interferir nessa trajetória de crescimento. A guerra comercial travada entre Estados Unidos e China é uma delas. O país asiático é um grande importador das commodities brasileiras.

FGV acredita que PIB será maior

Além do boletim Focus, outros estudos também projetam o crescimento do país, entre eles, o Boletim de Macroeconomia do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A FGV mantém sua projeção de crescimento de 1,1% do PIB em 2019. De acordo com o relatório divulgado no dia 23 de agosto, a liberação do saldo das contas do FGTS terá impacto positivo na economia deste ano e na do ano que vem. Todavia, o documento destaca que as disputas comerciais entre as principais economias globais podem prejudicar os resultados dos países emergentes, como o Brasil.

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Ainda de acordo com o documento, esse cenário de incertezas, a nível global, pede que reformas estruturais sejam realizadas na economia brasileira. A reforma na previdência já foi aprovada na Câmara dos Deputados. Agora, o projeto precisa passar pelo crivo dos senadores.

Já um projeto de reforma tributária está sendo discutido pelo Governo e pelo Congresso. Neste mês, a criação de um imposto sobre movimentações financeiras foi comparada à antiga CPMF — fazendo com que o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, fosse despedido pelo Ministro da Economia.

As decisões sobre esses temas terão impacto direto nas próximas projeções do PIB brasileiro.

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