Vendas no varejo recuam 0,6% em abril, aponta IBGE

Pesquisa mensal de comércio revela que vendas no varejo perdem força de março para abril, após dois meses de estabilidade

Publicado em 17 de junho de 2019 | 08:50 |Por: Júlia Magalhães

O volume de vendas no varejo caiu 0,6% em abril, em relação a março, após dois meses de estabilidade. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última quarta-feira (12). A média móvel trimestral variou -0,2%, eliminando o aumento registrado em março (0,2%).

Quando comparado a março de 2018, o comércio varejista avançou 1,7%. O acumulado no primeiro quadrimestre foi 0,6%. Já o acumulado nos últimos 12 meses (1,4%) manteve-se estável em relação a março (1,3%).

Comércio varejista ampliado

Ao analisar o volume de vendas do comércio varejista ampliado – que inclui as atividades de ‘Veículos, motos, partes e peças’ e de ‘Material de construção’ –, houve estabilidade (0%) em relação a março de 2019, após avançar 1,1% no mês anterior. A média móvel do trimestre variou 0,2%, desacelerando em relação à média móvel trimestral de março (0,5%).

O comércio varejista ampliado cresceu 3,1% frente a abril de 2018. Assim, o varejo ampliado acumulou 2,5% no ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (3,5%) desacelerou em relação ao de março (3,9%). A publicação completa está à direita nesta página.

Móveis e eletrodomésticos em alta

Na série com ajuste sazonal, atividades em alta de março para abril, foram, Móveis e eletrodomésticos (1,7%); Combustíveis e lubrificantes (0,3%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,3%).

As outras cinco, das oito atividades pesquisadas, porém, registraram taxas negativas, (série com ajuste sazonal). São elas, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%); Tecidos, vestuário e calçados (-5,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,7%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%); seguidos de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,0%).

Vendas no varejo

Em resumo, frente a março de 2018, o comércio varejista subiu 1,7%, com taxas negativas em cinco das oito atividades pesquisadas. Entretanto, Móveis e eletrodomésticos (-0,1%) mostraram queda nessa comparação.

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas em abril frente a março ficou estável, na série livre de efeitos sazonais. O segmento de Móveis e eletrodomésticos manteve o volume de vendas estável (-0,1%) em relação a abril de 2018. Segundo o IBGE, a elevação de preços pode ser fator relevante para explicar o comportamento do segmento.

No primeiro quadrimestre do ano de 2019 o setor registrou recuo de 1,4%, enquanto o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -2,1% até março para -2,5% em abril, mantém a trajetória de queda observada desde fevereiro 2018 (10,4%).

Vendas no varejo caem

De março para abril de 2019, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou decréscimo de 0,6%. Em 20 das 27 Unidades da Federação houve registros negativos, tendo destaque: Paraíba (-3,5%) e Rio de Janeiro (-2,8%) e Pará (-2,6%). Por outro lado, sete pressionando positivamente, sendo destaque: Roraima (3,2%), Amapá (2,7%) e Bahia (0,9%).

Já no comércio varejista ampliado, o volume de vendas ficou estável entre março e abril, com resultados positivos em sete das 27 Unidades da Federação, os destaques foram para: Roraima (6,1%), seguido por Alagoas (2,1%) e Bahia (1,2%). Nesta comparação, figuram 18 das 27 Unidades da Federação, com dados negativos. Destaque para: Rondônia (-3,3%,), Rio Grande do Norte (-3,0%) e Paraíba (-2,7%), enquanto Mato Grosso, Santa Catarina mostraram estabilidade (0,0%), para essa mesma comparação.

Consumo nacional deve movimentar R$ 4,7 trilhões

Frente a abril de 2018, a variação das vendas do comércio varejista nacional foi de aumento de 1,7%, com predomínio de resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação, nesta situação, destaque para: Espírito Santo (7,4%), Tocantins (7,1%) e Santa Catarina (6,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram sete das 27, com destaque para: Paraíba (-5,7%) e Piauí (-4,8%) e Paraná (-1,8%).

Por fim, considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com abril de 2018, o aumento de 3,1% foi acompanhado por 21 das 27 Unidades da Federação. As variações positivas, com destaque são: Roraima (9,4%) e Amapá (8,5%), enquanto Goiás ficou estável. Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, o destaque foi para: São Paulo (4,7%), Santa Catarina (7,4%) e Rio Grande do Sul (5,0%).

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