Lojista 391

17 O último Webshoppers mostrou que o e-commerce brasileiro teve aumento de 27% em 2021, totalizando 182,7 Bi em vendas. Tanto os novos consumidores, quanto os consumidores recorrentes, tiveram um ticket médio maior do que o ano de 2020. O estudo, realizado pela NIQ Ebit, é considerado o de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico do país. Ele mostrou, ainda, que houve aumento na quantidade de consumidores, totalizando 87,7 Milhões de clientes on-line. Contudo, ao pensar no principal produto para o descanso e bem-estar de uma casa, será que o comércio eletrônico se sustenta? Por mais que a pandemia também tenha feito com que as pessoas olhassem seus lares com mais atenção e, dentro disso, o dormir bem passou a ser prioridade, o tato ainda é fator relevante no comportamento de compra dentro do setor colchoeiro. Pesquisas indicam que no pós-pandemia as experiências adquiridas na quarentena continuarão sendo valorizadas. De acordo com um relatório da Adyem, a mudança vai além do consumo: está na forma de consumir. Em resumo, o contato com as pessoas passou a ser uma preocupação da experiência física. O estudo mostra que 69% dos consumidores querem que as lojas adotem medidas para redução de contato, como estações de autoatendimento e pagamento via aplicativo dentro do ponto de venda. Além disso, 78% das pessoas passaram a se preocupar com a higiene dos terminais de pagamento e preferem usar pagamentos sem contato e por aproximação. 71% acham, ainda, que seria mais leal se o varejista permitisse uma devolução da compra on-line no estabelecimento físico. Além disso, 77% disseram que comprariam de uma loja que oferecesse a possibilidade de receber em casa um produto eventualmente em falta no estabelecimento físico. Diante dos números, pode-se observar que a experiência, mais do que nunca, é o que conta. Além disso, unificar canais e aderir, de fato, ao omnichannel é palavra de ordem. Vale ressaltar que a pesquisa demonstra anseio pelas facilidades adquiridas durante o período de isolamento. Isso não significa que apenas um ou outro formato (físico ou digital), será validado daqui para frente. É importante compreender, acima de tudo, o cliente de cada segmento e manter olhos atentos aos movimentos do mercado, como o mercado externo, aconselha o presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Colchões (Abicol), Rogério Soares Coelho. Para ele, o on-line para o setor colchoeiro, trata-se de um mercado que faz muito barulho, mas não é necessariamente rentável. MERCADO EXTERNO PODE INDICAR PRÓXIMOS PASSOS Para parametrizar, Coelho cita como exemplo o cenário dos EUA. “Com a pandemia, a venda on-line no país, chegou a bater cerca de 30% da venda. Número que já caiu para 25%. A expectativa é que lá – algo que já está ocorrendo esse ano e vai se aprofundar no ano que vem –, é de uma consolidação.” Entretanto, o executivo alerta que esta consolidação possivelmente fará com que empresas fechem. Isso porque, os índices de devolução de colchões comprados digitalmente são expressivos. Um grande player é a Colchões Casper, tem índice de devolução, segundo o executivo, girando em torno de 15%. RETORNOS SUSTENTÁVEIS NA INDÚSTRIA DE COLCHÕES: É POSSÍVEL? Coelho enxerga que a venda de colchões pela internet vai crescer no Brasil, mas salienta que não é “todo este mar azul que tantos vislumbram”. A escolha de eletroeletrônicos é muito mais intuitiva. O que não acontece no colchão, explica. Divulgação Rondomóveis A Rondomóveis, situada na Zona da Mata Mineira, conta com 25 mil m² de área construída no parque fabril

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