Lojista 391
18 Móbile Lojista | 391 Agosto 2022 Ano XL De fato, os produtos são grandes e volumosos, tornando a logística de devolução um problema operacional complexo para os varejistas de colchões. “Se há um problema grave que é a devolução, a pergunta que temos que fazer é: quando cerca de 15% dos consumidores devolvem um colchão, qual o destino dado a ele pelo fabricante?” Vale lembrar que são necessárias uma série de questões que validam, ou não, se o produto pode ser levado à doação. O presidente da Abicol relembra, ainda citando como parâmetro a Casper, que inicialmente, ela direcionou seus devolvidos às doações. No entanto, Coelho salienta que o grande número de retornados findou as necessidades de instituições que os recebiam. A startup com sede em Nova York, lançada em 2014, deu início a um novo molde de comercialização: colchão na caixa, além de possibilidade que ele seja testado por determinado período e passível de devolução. Outra associação referência na indústria colchoeira, esta, por sua vez, em solo americano, é a Ispa – International Sleep Products Association (Associação Internacional de Produtos para o Sono) que apresentou, no último mês, dados importantes. Ademais, reforçam que varejistas de colchões ESPECIAL SETOR COLCHOEIRO enfrentam problemas operacionais complicados quando se trata de devoluções. Quando levados à doação, os colchões precisam estar limpos, sem manchas e potencialmente não vir de casas com fumantes ou animais de estimação, recomendam. Como são volumosos e difíceis de transportar, é preciso viabilizar formas para o envio às instituições, o que pode somar no custo da logística reversa. E relembram que os compradores que não estão satisfeitos com um colchão recém-adquirido devem entrar em um processo de devolução cheio de atritos para varejistas e consumidores. “Os processos de descarte de colchões devolvidos podem depender do estado em que o consumidor mora, e os itens devem estar em perfeitas condições para serem elegíveis para doação. Essas condições levam os americanos a descartar cerca de 20 milhões de colchões de molas a cada ano – a grande maioria dos quais acaba em aterros sanitários ou incineradores”, alertam. “Isso significa que os varejistas, muitos dos quais estão pensando em suas práticas de sustentabilidade, estão examinando sua logística reversa – tema em ascensão junto, inclusive, da agenda ESG [leia sobre na página 32 desta edição]. Envato Pesquisas ressaltam que a pandemia da Covid-19 acelerou mudanças nas atitudes e hábitos de compra de colchões
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