Lojista 392
27 primeira vez, o varejo terá a Black Friday, Natal e Copa atraindo a atenção das pessoas — e isso exige estratégias robustas em marketing. COPA DO MUNDO DEVE ANIMAR OS BRASILEIROS O Mundial da FIFA costuma ser um evento importante para o mercado de móveis e eletrônicos. Tradicionalmente, as pessoas investem em suas salas, já que receberão amigos e familiares para assistirem aos jogos. Nesse sentido, os empresários devem torcer para que o time comandado por Tite chegue à final, pois isso tem impacto direto com o humor do consumidor. Em 2018, por exemplo, a derrota do Brasil para a Bélgica fez com que o varejo vendesse 17% a menos naquela sexta- feira, em relação à sexta-feira anterior. Os dados foram divulgados pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). É claro que os setores mais afetados foram aqueles diretamente ligados ao evento, como a venda de roupas e itens relacionados ao torneio. Os bares, por outro lado, tiveram aumento das vendas, de acordo com a Cielo. Para este ano, a expectativa do varejo é tão grande quanto a do torcedor com a conquista do hexa. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) projeta a injeção de R$ 20,3 bilhões na economia brasileira graças ao torneio. “No caso da Copa do Mundo, o evento é uma ‘paixão’ nacional e envolve uma grande mobilização popular. As pessoas decoram casas, ruas, carros e ampliam o consumo de petiscos e bebidas, reflexo da integração social nos dias de jogos. Mas, há também o aumento no consumo de bens duráveis, sendo a televisão o mais icônico deles”, explicou o professor de empreendedorismo e marketing da Fundação Escola de Comércio Alvares Penteado (Fecap), Artur Motta. SEMANA BRASIL Criada em 2019, a Semana Brasil – também chamada de Black Friday Brasileira – foi pensada como uma forma de aquecer as vendas do comércio brasileiro durante o mês de setembro. Organizada pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal (Secom), com o apoio do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), tradicionalmente, acontece na semana do dia 7 de setembro, quando é comemorada a independência do país. O período antecede o Dia do Cliente, (15 de setembro) que, assim como a Black Friday Brasileira, tem o objetivo de movimentar o comércio em setembro, mês sem datas comemorativas e, comumente época fraca de vendas. Porém, o Dia do Cliente faz parte do calendário desde 2003, quando foi criada no Rio Grande do Sul. Apesar de ainda não ser tão popular, a Semana do Brasil tem apresentado resultados animadores. Em 2019, 70% dos shoppings aderiram à iniciativa. De acordo com dados da Cielo, houve aumento de 10% nas vendas no mês de setembro, sendo que a venda de móveis e eletrodomésticos aumentou 16%. “Setembro nunca teve uma data comemorativa para o varejo, então o governo federal teve muito êxito em criar uma ação como essa, que beneficiou tanto os empresários e os consumidores”, disse o diretor institucional da Alshop, Luís Augusto Ildefonso, à Agência Brasil. Contudo, os anos pandêmicos de 2020 e 2021 interromperam a consolidação dessa data na rotina dos consumidores. Neste ano, a Semana do Brasil retornou com a missão de reverter esse cenário — e parece haver espaço para isso. Em 2020, uma pesquisa feita pela Toluna com 853 pessoas, de todas as regiões do país, mostrou que os consumidores consideravam a data propícia para compras. 84,2% afirmaram que o mês de setembro era ideal para ir às lojas em busca de novidades. Apenas 9,3% disseram que o momento não era ideal para comprar. BLACK FRIDAY 2022 Ao contrário da Semana do Brasil, a Black Friday é aguardada com ansiedade pelos consumidores, que às vezes se decepcionam com os descontos oferecidos, apelidando o evento brasileiro de “Black Fraude”. Ainda assim, essa data tem se destacado como uma Clientes esperam descontos e condições de pagamentos diferenciadas na Black Friday Divulgação Paulo Pinto
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