Lojista 392
33 O VAREJO E O METAVERSO Na prática, o metaverso pode ser entendido como uma evolução da internet que conhecemos, como se pudéssemos entrar na web e não apenas vê-la por uma tela. Por exemplo: ao invés de navegar pelo site de compras, o cliente poderá visitar a loja de móveis no metaverso, ver os móveis, as possibilidades de decoração e conversar com os vendedores em tempo real. Para isso, tanto os clientes quanto os vendedores precisarão usar equipamentos de realidade aumentada, como os já conhecidos óculos 3D. Além disso, a empresa terá que ter construído o seu espaço dentro do metaverso. Essa loja não estará isolada. Ela fará parte do metaverso. Será possível que um cliente saia de uma loja para outra, que os vendedores interajam uns com os outros, como se todos estivessem vivendo em mundo paralelo. Tal empreitada exigirá investimentos robustos. Só a Meta, empresa dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, investirá cerca de US$150 bilhões na construção do metaverso. A companhia acredita que contratará cerca de 10 mil pessoas para trabalhar nos projetos envolvidos no metaverso. Marcelo Vieira é profissional de marketing, entusiasta da tecnologia, e especialista em metaverso. Ele fala das possibilidades que o metaverso traz às empresas e de como essa ideia já existia na nossa sociedade, ainda que em fase embrionária. “O termo metaverso, apesar de parecer novo e abstrato, já é bem antigo e vem da década de 90. Metaverso nada mais é do que a simulação de um ambiente real, dentro de um ambiente virtual, e os games já fazem isso. As próprias redes sociais, de certa forma, podem ser consideradas um metaverso”, conta. Ele ainda explica que nem toda loja precisará fazer um grande investimento para se adaptar a esse novo mundo. “Depende muito de qual metaverso a empresa decidirá investir. Existem várias plataformas de metaverso, algumas que precisam de computadores de alta performance (gamers/ designers) para rodar, como o Second Life e plataformas mais simples como a nova proposta do Facebook, o Meta. O Meta do Facebook é uma plataforma que vai rodar em celulares, utilizando óculos e manoplas VR que são significativamente mais baratas que um computador gamer”, opina o profissional. Em entrevista à Móbile Lojista, ele fala algo que pode animar os lojistas, principalmente as pequenas empresas: “uma empresa para vender pelo metaverso não necessariamente precisa fazer nenhum tipo de investimento em TI. As plataformas já existem, a maioria delas já está pronta e rodando há mais de 18 anos, inclusive com empresas instaladas e vendendo para o mundo todo”. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o Instituto Qualibest, mostra que o brasileiro não pretende impor restrições às compras nesse novo universo. AdobeStock Especialista explica que nem toda loja precisará fazer um grande investimento para se adaptar a esse novo mundo
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