Lojista 393

11 setembro, para 89,0 pontos, o maior nível desde janeiro de 2020 (90,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 3,3 pontos, para 84,0 pontos. “A confiança dos consumidores sobe pelo quarto mês consecutivo influenciada pelas perspectivas mais otimistas em relação aos próximos meses, que pela primeira vez atingem os 100 pontos desde março de 2019. Tal resultado parece estar relacionado com a queda nas expectativas de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses e um aumento do otimismo em relação ao mercado de trabalho. Há um aumento na intenção de consumo, exceto para os consumidores de renda mais baixa, o que reflete ainda dificuldades dessa classe”, afirma a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt. No entanto, Viviane pondera que é necessário ter cautela nesses resultados, considerando uma política monetária ainda restritiva e a possibilidade de desaceleração da atividade econômica, que reduziria a velocidade de recuperação do mercado de trabalho. Já o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), também do FGV IBRE, sobe 2,4 pontos em setembro, ao passar de 99,4 para 101,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2019 (102,3 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 1,3 ponto, no sétimo resultado positivo consecutivo. paulista cresceram 11,3% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores absolutos, isso significa R$ 54,7 bilhões a mais do que o registrado em 2021. O aumento das vendas tem como explicação a queda na inflação e no desemprego. Ao contrário do cenário visto em outras regiões, o varejo de móveis e itens de decoração apresentou crescimento em São Paulo no mês de junho: 0,7%, superando apenas o de venda de eletrônicos e lojas de departamento que cresceu 0,1% nesse período. A entidade se mantém otimista em relação ao segundo semestre: “Na avaliação da FecomercioSP, considerando o nível de consumo atual – e a recuperação já em andamento no setor de serviços, que deve promover uma injeção considerável de recursos na economia paulista —, o ritmo de expansão do setor deve se manter ao longo do segundo semestre, entretanto, com taxas menos vigorosas em relação às atuais”, informou pesquisa divulgada em meados de setembro. PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DE 7% EM SP A FecomercioSP acredita que este ano será de aumento de vendas no estado de São Paulo. O Auxílio Brasil de R$ 600 seria uma das explicações. “Os recursos do Auxílio Brasil podem alavancar o consumo, em especial de bens essenciais, criando um cenário positivo para os segmentos ligados ao comércio desses bens. Contudo, é preciso considerar que fatores imprevisíveis, como os políticos e sociais, e turbulências inesperadas na economia podem exercer reflexos negativos na confiança do consumidor. Além disso, o nível de endividamento das famílias já atinge patamares preocupantes, há elevação dos juros e a trajetória do emprego pode sofrer alterações no médio prazo”, avalia. Ainda assim, a entidade arrisca uma previsão positiva para os comerciantes paulistas: “Considerando todas as observações, o modelo preditivo da FecomercioSP estima que o varejo deva crescer cerca de 7% este ano — o que tornaria 2022 um dos mais favoráveis para o comércio paulista, crava. CONFIANÇA DO CONSUMIDOR E COMÉRCIO AVANÇAM Outros indicadores importantes para respaldar o atual trimestre, são os últimos dados do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), unidade da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE avançou 5,4 pontos em Queda no desemprego pode ajudar 2022 a terminar com resultados positivos no varejo de móveis Rovena Rosa/Agência Brasil

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