Lojista 396

11 Móbile Lojista 396 | Março 2023 | Ano XLII Quase 1/3 dos brasileiros têm dívidas atrasadas. Isso compromete a compra de bens duráveis No Paraná, as vendas de móveis caíram mais de 6% no ano passado Divulgação Via Varejo AdobeStock Já o Índice de Consumo das Famílias (ICF) paulistana também cresceu: 3,1% em janeiro. A alta foi ainda mais significativa quando comparada ao mesmo período do ano anterior: 34,3%. INTENÇÃO DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS (ICF) ALÉM DE SÃO PAULO No Paraná, o ICF caiu 0,9% em fevereiro. Ainda assim, o ICF do estado para esse mês aumentou 4,5% na comparação com fevereiro do ano passado. Os paranaenses, inclusive, consideram que esse é um bom momento para comprar bens duráveis. “Entre os componentes do índice, a avaliação dos consumidores sobre o momento para compra de bens duráveis teve o maior crescimento mensal, com acréscimo de 11,1%. Isso demonstra que os paranaenses estão mais propensos a comprar produtos de maior valor, como eletrodomésticos e eletrônicos. A percepção dos consumidores sobre o Emprego Atual avançou 1,3% em relação a janeiro, enquanto o Nível de Consumo Atual aumentou 0,2%”, diz o estudo. No Rio Grande do Sul, o ICF atingiu 81,2 pontos, a quarta alta seguida, um aumento de 8% no mesmo período do ano anterior. Os dados divulgados pela Fecomércio RS são de janeiro. Na Bahia, o ICF voltou a ficar acima dos 100 pontos, demonstrando aumento do otimismo do consumidor baiano — o que não se via há três anos, segundo a Fecomércio BA. O ICF é calculado por meio de uma pesquisa feita pelos escritórios regionais da Fecomércio. ICF NACIONAL O levantamento nacional do índice também aponta otimismo na economia por parte dos brasileiros como um todo. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 1,3% em fevereiro, descontados os efeitos sazonais, e atingiu o maior nível (95,7 pontos) desde o início da pandemia da Covid-19. O indicador que mede a perspectiva de consumo se destacou com o maior crescimento mensal, de 3,5%, repetindo a dinâmica de janeiro deste ano. Na variação anual do ICF, houve crescimento de 23,3%. “Isso aponta que os consumidores em geral esperam condições de consumo melhores nos próximos meses, reflexo da inflação mais controlada que no período anterior, o que acaba gerando maior satisfação em relação à própria renda”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Desde outubro do ano passado, no entanto, a perspectiva de consumo tem avançado mais do que o nível de consumo. ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS AINDA CHAMA A ATENÇÃO O otimismo das famílias brasileiras pode encontrar um grande desafio neste ano: o endividamento. As taxas de endividamento e inadimplência permanecem elevadas neste primeiro trimestre. As famílias endividadas somam 78%. Já as com dívidas atrasadas somam 29,9%. A inadimplência é maior entre os mais pobres. 38,7% dos brasileiros que ganham até três salários- mínimos estão com débitos em atraso. Entre quem ganha mais de dez salários- mínimos, a inadimplência atinge 13,55%. Os dados são da CNC do estado do Rio de Janeiro.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1NDE=