Lojista 396

14 Móbile Lojista 396 | Março 2023 | Ano XLII EDITORIAL CORES Opoderdas cores Nos últimos anos, o desejo por nuances mais naturais e suaves, inspiradas pela natureza, vem em uma crescente A s cores têm grande influência sobre o comportamento humano. Não à toa, as marcas a utilizam para transpor mensagens inconscientes. Mas, seu uso não se restringe a isso. Em ambientes, elas têm o poder de estimular, acalmar e equilibrar, por exemplo. Sua influência nos espaços depende do impacto psicológico que elas têm sobre as pessoas, e esse impacto está relacionado a fatores subjetivos. Também faz diferença se a cor é empregada em uma tonalidade mais viva ou mais suave, ou então se elas estão presentes com destaque ou apenas em pequenos detalhes. Se por um lado a tecnologia acelera cada vez mais, com casas conectadas e dispositivos inteligentes, que conquistam adeptos, por outro, a necessidade de refúgio e desconexão faz com que a natureza esteja mais presente dentro dos lares. Seja propriamente dita, seja nas matérias-primas, texturas e, claro, nos tons. Dentro disso, o conceito da biofilia veio com força. Biofilia, ou “amor à natureza”, é um conceito nomeado nos anos 80 pelo biólogo estadunidense, Edward O. Wilson. Em sua pesquisa, Wilson reconheceu a importância de elementos naturais na decoração urbana para o bem-estar e saúde mental. A fim de emular características do design biofílico, a indústria moveleira já tem como padrão o uso de cores que remetem à natureza. Além disso, a marcenaria também tem trazido ao público um mobiliário texturizado e com formas mais orgânicas. A intenção é gerar o máximo de sensação de conforto para o consumidor. “No contexto de biofilia, há estudos que mostram que as pessoas se tornam mais criativas e desestressam. Os verdes e azuis, que são cores da natureza, proporcionam a sensação de calma e equilíbrio”, pontua a designer e especialista em consumo, Andrea Krause. De fato, nos últimos anos, especialistas e feiras do setor de varejo, decoração e arquitetura já indicavam que as pessoas estão, cada vez mais, buscando uma conexão maior com o lar. Por: Júlia Magalhães EDITORIAL | CORES Em meio a hiperconexão, a casa assume o papel de lugar de desintoxicação do mundo. Isto é, as pessoas não querem simplesmente uma casa para suprir as necessidades fisiológicas. Elas querem um refúgio seguro e aconchegante com sentimento de pertencimento. Esse movimento comportamental, cada dia mais em evidência, impacta diretamente nas tendências materiais e cores que compõem o lar das pessoas. A PROTAGONISTA “Anteriormente, a gente tinha a madeira como protagonista e a cor como complemento. Hoje, os papéis se inverteram porque os acabamentos trouxeram a tendência das cores”, resume Andrea. Envato As cores desempenham um papel importante na maneira como os consumidores percebem e se conectam com os produtos

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