Lojista 397

43 Móbile Lojista 397 | Abril 2023 | Ano XLII Por outro lado, de acordo com o estudo, o ticket médio sofreu redução de 7,5%, o que representa dizer que, embora a presença dos shoppers tenha aumentado, o valor das vendas foi menor, estabilizando o cenário geral. O IMPACTO NO VAREJO MOVELEIRO O comércio moveleiro sempre teve muita força no formato físico. Analisar, tocar, ter noção das dimensões frente ao ambiente e, claro, o relacionamento cara a cara, se destacam no processo de decisão de compra e negociação de móveis, mas, as diversificações e amplas possibilidades que o mundo digital oferece também ganham a atenção dos consumidores. Os marketplaces, por exemplo, têm um crescimento estimado de mais de 54% até 2024, de acordo com outro relatório da Webshoppers, indo ao encontro do levantamento divulgado pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), em que as vendas registradas no e-commerce brasileiro chegaram a R$ 169,6 bilhões em 2022, um aumento de 5% em comparação a 2021. Logo, a expansão do formato segue expressivo e o setor moveleiro tem a sua parcela de participação nisso. MARKETPLACE REALMENTE VALE A PENA? Antes de mais nada, conhecer as opções de marketplaces é indispensável para ponderar o quanto cada uma pode agregar aos seus objetivos. Os mais conhecidos e considerados os melhores para as empresas moveleiras são o Mercado Livre, Shopee, Amazon Brasil e Magalu. Eles podem ser a porta de entrada para quem quer vender on-line ou mesmo para integrar e potencializar o site que o negócio já possui. Porém, não se pode esquecer que o mais importante não é estar em todas as plataformas, mas sim estar nas certas. Se assim for, elas valem a pena e justificam a perspectiva de crescimento que se pode fazer uso, além de outros benefícios como: - Redução de custos, afinal, essa modalidade de e-commerce já tem uma estrutura definida, tirando da empresa a necessidade de desenvolvimento, diminuindo a complexidade de uso e, consequentemente, de gastos; - Valor agregado à marca do marketplace, melhorando o posicionamento nas buscas dos mecanismos de buscas (como o Google) e atraindo, em geral, associação positiva para o público-alvo; - Como consequência, a visibilidade e vendas tendem a aumentar, assim como a concorrência, por isso, é necessária uma gestão aplicada às estratégias. PHYGITAL Não se trata somente de utilizar o e-commerce e ter a loja física, é necessário que a integração entre esses dois proporcionem uma experiência flexível e personalizada. Por exemplo, comprar on-line e retirar na loja é uma experiência phygital, assim como o uso de chats, que permitem a análise de esclarecimento de dúvidas para que o cliente estabeleça um relacionamento de confiança e também realize posteriormente a compra na loja física, se desejar. No entanto, a estruturação do uso dessas plataformas faz toda a diferença para tê-las como aliadas e não como um “fardo”, um trabalho a mais que acaba por atrapalhar o relacionamento com os clientes e desempenho das vendas. NEM SÓ E-COMMERCE, NEM SÓ FÍSICO: O FUTURO É PHYGITAL Mesmo com a adesão digital amplamente maior a cada ano no setor moveleiro, ainda é clara a importância do PDV. Dados recentes da Nuvemshop mostram que os móveis ainda nem aparecem como um dos mais buscados no comércio on-line (os segmentos que mais vendem, segundo o levantamento, são o de moda e vestuário – que lidera com 38% –, acessórios (9,9%), saúde e beleza (8,3%) e jóias e artesanato – ambos com 3,9%). Diante disso, os fabricantes e lojistas podem se questionar sobre a real necessidade da utilização da web como componente de suas atuações. Como resposta, é possível perceber que a probabilidade de sucesso é maior para as empresas que utilizam tanto o comércio físico, quanto o digital. É o chamado varejo phygital – termo utilizado para se referir à união das palavras físico (physical, em inglês) e digital nos negócios empresariais. Além de tudo isso, as redes sociais se mostram ferramentas cada vez mais fortes para vendas, tanto que ganharam um conceito próprio: o social commerce. Afinal, estar onde o público navega por pelo menos 3 horas e 42 minutos (dados da agência Sortlist) encurta o caminho de se fazer presente e visível a ele. Assim como os marketplaces, uma avaliação detalhada para entender até que ponto essa estratégia é viável para cada negócio, no entanto, é uma vitrine que vale a pena ser analisada.

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