Lojista 398
47 Móbile Lojista 398 | Maio 2023 | Ano XLII “Não se pode esquecer o fator principal neste trabalho: não é apenas o produto de qualidade, mas também a prestação de serviço, o lado humano da coisa” Anthony Nelson com os clientes, graças a meu pai. Mesmo com toda dificuldade, superando os obstáculos e desafios diários, tiveram muitas pessoas que acreditaram e confiaram em mim e assim, conquistei o meu espaço. Lojista | Em quais regiões atua? Pretende expandir os negócios? Nelson | A empresa atende a região de Brasília e todo entorno, como também vende para algumas cidades de Goiás, no nordeste goiano. A perspectiva para este ano não é de abrir novos mercados, mas a ideia é manter a qualidade do trabalho solidificado, fomentando algumas parcerias neste mesmo espaço que a empresa atua. Lojista | Por que a decisão de não abrir novos mercados? Nelson | A meu ver, o mercado ainda está bastante oscilante. Eu não vejo a oportunidade de expandir e criar algo neste momento com a mesma qualidade que eu apresento no trabalho da empresa. Dei uma preferência em melhorar o meu atendimento junto aos meus parceiros na atualidade. Lojista | De que maneira você avalia as mudanças do mercado, principalmente quanto à celeridade da digitalização, por exemplo? Nelson | Essa questão da digitalização no segmento de representação de móveis tem um lado positivo e tem um lado negativo. A todo instante, os representantes são bombardeados com catálogos de lançamentos, diferentemente do que ocorria antigamente, há 10, 14 anos. Antes, existia uma linha que era trabalhada o ano todo e quando chegava em dezembro acontecia o lançamento para que, assim, o material pudesse ser apresentado para os clientes no ano seguinte. Hoje em dia são dois, três catálogos no mesmo ano. Entretanto, eu vejo esse novo método com bons olhos, porém sem deixar de lado a cautela para que tudo isso não dificulte o processo de atendimento e a fidelização dos clientes. Lojista | Como sua empresa está acompanhando essas tendências? Nelson | A comercialização é muito rápida, então, de alguma forma, tentamos contribuir passando informações para as indústrias parceiras que trabalhamos, fazendo colocações junto aos clientes. Isso porque o representante de móveis não vende apenas produtos, mas também vende ideias. Então a gente tem que estar antenado a essas tendências e levar o melhor para ambos. Lojista | Suas vendas acontecem mais de forma presencial ou digital? Nelson | Hoje, 90% das minhas vendas acontecem de forma presencial. É uma preferência minha. Eu busco dar bastante ênfase a esta minha forma de trabalho. A equipe de vendas da Flora Representação Comércio trabalha com uma proposta de ir na contramão dessa digitalização intensiva. A gente usa o digital como uma ferramenta de continuidade do relacionamento com o cliente, mas as nossas vendas, hoje, basicamente, são feitas presencialmente. Lojista | Estamos em meados do segundo trimestre do ano. Como você avalia que está sendo 2023? Quais as expectativas para o segundo semestre? Nelson | Para a minha empresa, esse início do ano foi bem atípico. Falei com a equipe que não era para se precipitar com algumas informações midiáticas e procuramos agir um dia após o outro, buscando melhorar naquilo que podíamos melhorar, além de buscar levar mensagens positivas para os nossos clientes. Lançamentos ocorreram, o trabalho foi feito e, graças a Deus, tivemos um resultado positivo com as nossas indústrias parceiras. Creio que agora, para o segundo semestre, o trabalho tende só a aumentar, porque ainda não é o momento de colher frutos, mas sim de plantar. O comércio ainda está meio que despreparado, pois o consumidor final está com pouco poder de compra e consequentemente, os lojistas não estão vendendo. Lojista | Por fim, como imagina que serão os próximos anos da área de representação comercial? Nelson | Creio eu que os próximos anos serão de filtragem. Estamos vindo de uma pandemia e quer queira, quer não, foi um divisor de águas para representação comercial. Nós tínhamos uma cultura e um hábito antes da pandemia e agora temos outro. Infelizmente, todo segmento do varejo vive de oscilações, não existe uma constância, isso por motivos políticos, econômicos e sociais. Creio que a gente tem que viver cada momento e cada circunstância. Os principais desafios desta profissão é se adaptar a essa realidade econômica que estamos vivendo e não ficar desmotivado.
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