Lojista 399
29 Móbile Lojista 399 | Junho 2023 | Ano XLII facilmente à sua forma e tamanho. Mas, devido à produção de espuma de poliuterano de baixo custo, além de falsas certificações e efeitos terapêuticos sem comprovação científica, o Governo brasileiro implementou diversas diretrizes que geraram impacto negativo nas vendas da categoria. No entanto, espera-se um aumento nos estilos de vida agitados para ver o crescimento de colchões terapêuticos e colchões híbridos no mercado”, explica o estudo voltado ao mercado externo. A pesquisa da Morder Intelligence ainda apontou um fato que os lojistas já conhecem há tempos: a grande concorrência que existe nesse setor. “Há um aumento da concorrência no mercado de colchões, o que cria dificuldade para um novo varejista estabelecer seu valor de marca”, revela. CENÁRIO MUNDIAL MIRA A ATENÇÃO PARA OS EMERGENTES A instabilidade econômica mundial, causada, entre outras coisas, pela Guerra na Ucrânia, faz com que fabricantes estrangeiros passem a considerar o mercado de consumo de países emergentes, como o brasileiro, como uma maneira de melhorar os seus resultados — o que pode aumentar essa competitividade no médio e longo prazo. A Emma Colchões, por exemplo, é um dos grandes players do mercado europeu que desembarcou no Brasil recentemente. “O público brasileiro já responde por boa parte de nossas vendas fora da Europa e rapidamente aderiu à ideia dos colchões in box, produto que marcou nossa entrada aqui. Percebemos uma demanda por outros produtos que pudessem complementar a experiência do público com o sono”, analisa O Country Manager da Emma Colchões no Brasil, Caio Abibe. Contudo, a entrada dessa e de outras marcas no setor colchoeiro brasileiro não parece assustar os grandes players nacionais, como a Castor. “Diante dos 60 anos de tradição, utilizamos das matérias-primas e tecnologias dentro do que há de melhor no mercado. Os frequentes estudos na área do sono fazem com que, aliando a tecnologia e inovação, nos destacamos como diferencial em colchão no mercado brasileiro. Sempre acompanhando as tendências mundiais, buscamos entregar aos nossos clientes não só um colchão, mas, sim, um produto que ofereça um sono reparador aliado ao bem-estar”, pontua o CEO da marca, Hélio Antônio Silva. Com pesquisas e estudos a Castor se tornou pioneira no mercado brasileiro ao desenvolver o colchão de molas na caixa. “Para a produção, além de uma tecnologia americana de última geração, também selecionamos matérias- primas de primeiríssima qualidade, para que os colchões suportem a pressão e compressão e retorne ao tamanho normal, garantindo a durabilidade e conforto.” MERCADO BRASILEIRO TAMBÉMENFRENTA DIFICULDADES MACROECONÔMICAS O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), Rodrigo Miguel de Melo, esclarece que o cenário econômico pós-pandêmico, com um novo governo, gera dúvidas sobre os resultados que o setor colchoeiro deve atingir neste ano. “O setor, como qualquer outro, está à mercê das decisões políticas e da macroeconomia do País. Neste momento, as incertezas geram um cenário de retração nas vendas, porque colchão é um bem durável e, na maioria das vezes, precisa de financiamento na ponta.” Melo pontua que quando o consumidor está inseguro, não se anima a fazer dívida. “Mas também sabemos que colchão é um bem de necessidade e em algum momento o consumidor terá que trocar o seu. No curto não vemos condições de melhora substantiva, mas somos otimistas e estamos fazendo a nossa parte, ao incorporar tecnologias e inovações para estimular as vendas”, detalha. Apesar disso, o presidente da entidade se mostra bastante animado com os impactos que novas posturas têm tido no presente (e terão) do varejo de colchões. “Sou otimista e espero, sim, um futuro promissor para o setor de colchões. Estamos evoluindo, através da busca de concorrência leal, normas eficientes e formas responsáveis de produção.” Quanto ao varejo físico, o presidente da Abicol considera que carece de mais treinamento dos vendedores para que não apenas vendam produtos, mas solucionem problemas dos consumidores e os encantem. “Já o e-commerce pode ser um grande aliado do canal físico. Sozinho acho difícil que gere boas experiências de compra. Mas o caminho é o omnichannel”, confessa. “O mercado de colchões do Brasil é fragmentado com muitos players locais e globais presentes no segmento. O País tem mais de 400 indústrias de colchões em operação” Morder Intelligence
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