Lojista 399

9 Móbile Lojista 399 | Junho 2023 | Ano XLII NO PRIMEIRO TRIMESTRE, VAREJO MAIS DEMITIU DO QUE CONTRATOU Desde meados de 2020, as contratações do varejo brasileiro estão crescendo em ritmo constante. Emmaio daquele ano, o comércio brasileiro empregava 8,2 milhões de pessoas. Já em março de 2023, o comércio empregou 9,6 milhões. No fim do primeiro trimestre deste ano, 22,4% dos postos de trabalho formais do Brasil estavam no comércio. Contudo, com a readequação do setor em relação às vagas temporárias criadas anteriormente e o volume de vendas experimentado, o varejo acabou encerrando mais postos de trabalho do que contratando. “Até novembro de 2022, o setor do comércio registrou números sucessivos de criação de vagas formais de trabalho. Nos últimos meses, porém, a abertura de novos postos formais passou por uma acomodação no setor. De acordo com dados do CAGED, no primeiro trimestre de 2023, 33,2 mil vagas formais foram encerradas”, informa a CNDL. Mesmo assim, o saldo para o mês de março foi positivo, resultando emmais de 18,5 mil postos de trabalho criados. NÚMERO DE INADIMPLENTES AINDA PREOCUPA O número de brasileiros inadimplentes voltou a crescer em abril, o que é um sinal de alerta para o varejo de bens duráveis, uma vez que sem que o consumidor tenha acesso a crédito, por meio de cartão de crédito ou carnês, por exemplo, torna-se difícil a aquisição de móveis e eletrodomésticos. “O número de inadimplentes no País teve mais um crescimento em abril de 2023 e atinge 66,08 milhões de brasileiros, um novo recorde da série histórica do levantamento”, mostra o estudo. O Indicador realizado pela CNDL e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,60%) estavam negativados em abril deste ano. Isso significa que o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 8,08% em relação ao mesmo período de 2022. DIA DAS MÃES: VENDAS CAEM NAS LOJAS FÍSICAS O Dia das Mães de 2023 apresentou uma queda nas vendas: 4,2% a menos na comparação com 2022. O levantamento foi divulgado pela Cielo, que contabiliza e divulga o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA). As lojas físicas venderam 6% a menos neste ano do que no ano passado. Ainda que o e-commerce tenha crescido 11,8%, o bom resultado das vendas pela internet não conseguiu compensar os resultados ruins das lojas físicas. “Em 2022, o Dia das Mães caiu no dia 8. Ou seja, a semana anterior foi a primeira do mês, período em que o comércio está mais aquecido. Já em 2023, essa data comemorativa caiu no fim da segunda semana do mês”, explicou o vice-presidente de produtos e tecnologia da Cielo, Carlos Alves. As quedas nas vendas ocorreram em todos os estados da federação, sendo que o destaque negativo foi o estado do Amazonas (-13,4%). Na sequência, aparecem: Ceará (-11,3%); Distrito Federal (-9,1%); Pernambuco (-8%); São Paulo (-7,5%); Bahia (-7,1%); Santa Catarina (-6,3%); e Rio de Janeiro (-6%). Júlia Magalhães Envato Lojas físicas apresentam queda nas vendas do Dia das Mães neste ano Falta de acesso a crédito prejudica a venda de móveis

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