Lojista 401

11 Móbile Lojista 401 | Agosto 2023 | Ano XLII longo do segundo trimestre, o índice segue distante do nível considerado neutro, de 100 pontos, neste início de terceiro trimestre. Com a queda do ICE e alta do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em julho, os índices se cruzam pela primeira vez desde abril de 2020. OUTROS NÚMEROS PARA OBSERVAR Em junho de 2023, as vendas no varejo no Macrossetor Bens Duráveis e Semiduráveis, que engloba móveis, eletrodomésticos e outros, caiu 4,6% segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) – pesquisa que acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo. Tais dados evidenciam a importância de estratégias para elevar as vendas, especialmente considerando as datas comerciais que permeiam o segundo semestre, como Dia do Cliente, Dia das Criança, Black Friday e Natal. O economista do FGV IBRE, Rodolpho Tobler, afirma que uma melhora estável do ambiente macroeconômico é peça fundamental para retomada da confiança do comércio. “O resultado de julho parece ser melhor definido como uma calibragem após altas significativas do que uma nova fase de desaceleração como a ocorrida na virada do ano. Os indicadores sobre o momento presente caíram suavemente, um sinal de sustentação do momento mais favorável do ano, com inflação mais controlada e confiança dos consumidores em alta e a despeito dos níveis ainda elevados de juros. Por outro lado, as expectativas voltaram a ceder, mostrando desconfiança do setor com a continuidade desse cenário”, explica. CONFIANÇA DO CONSUMIDOR SEGUE AVANÇANDO O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), sondagem também realizada pelo FGV IBRE, mostrou indicadores positivos, subindo 2,5 pontos em julho e chegando a 94,8 pontos. Esse é o maior nível desde janeiro de 2019, que mostrou 95,3 pontos. Com isso, as médias móveis trimestrais seguem em alta pelo quarto mês consecutivo, subindo 2,7 pontos, ficando em 91,8 pontos. Vale salientar que os dois índices componentes do ICC avançaram em julho: o Índice de Expectativas (IE), que subiu 3,4 pontos, para 107,4 pontos, e o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1 ponto, indo a 76,8 pontos – mas se mantém no patamar anterior ao início Envato da pandemia de Covid-19 (80,9 pontos em fevereiro de 2020). Amaior influência para a alta do IE foi o grau de otimismo com a evolução da situação econômica local – alta de 5,5 pontos no mês, chegando a 123,9 pontos – além do indicador que mede as perspectivas em relação às finanças familiares, subindo 3,7 pontos, para 105,0 pontos. Já para o ISA, destaque para o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local teve a sexta alta consecutiva, de 1,6 ponto, para 87,1 pontos, maior nível desde outubro de 2014 (que apresentou 89,5 pontos). Para a economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, a confiança do consumidor sobe por conta de melhores expectativas para o futuro. “A alta foi disseminada entre os diferentes quesitos da pesquisa, com destaque para os Indicadores de Situação Econômica Geral e Situação Financeira Futura da família. Os resultados refletem o arrefecimento da inflação, a recuperação da renda do trabalho e as expectativas quanto ao início de programas voltados para a quitação de dívidas. Atualmente, o maior obstáculo para a recuperação mais robusta da confiança do consumidor parece ser o cenário de endividamento e inadimplência, agravado pelos juros elevados”, detalha. A análise por faixas de renda mostra ganho de confiança em todos os níveis, exceto para as famílias com menor poder aquisitivo (até R$ 2.100), na qual houve piora das avaliações sobre a situação atual. As demais faixas se mostram otimistas nos dois horizontes de tempo e a confiança das famílias com maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600) atinge o maior nível desde janeiro de 2014 (99,0 pontos). CONFIANÇA DO CONSUMIDOR SUPERA EMPRESARIAL O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 0,5 ponto em julho, para 94,0 pontos, após dois meses em alta. Apesar de ter avançado 3,1 pontos ao ICOM caiu 2,6 pontos e temas como baixa demanda, alta competição e juros são as justificativas das empresas participantes do estudo

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