Lojista 404
11 Móbile Lojista 404 | Dez 2023 /Jan 2024 | Ano XLII Dentre os componentes do ICC, o indicador das perspectivas financeiras familiares futuras teve a maior influência na queda da confiança, diminuindo 3,2 pontos para 93,7 pontos, o menor desde novembro de 2022 (92,5 pontos). Também houve piora no indicador que mede as expectativas sobre a economia futura, que recuou 0,3 ponto para 110,9 pontos. Por outro lado, o ímpeto de compras de bens duráveis teve um aumento positivo de 3,0 pontos para 97,7 pontos. Quanto às variáveis que avaliam a situação atual, o indicador da economia caiu 0,8 ponto para 90,6 pontos, o mais baixo desde julho deste ano (87,1 pontos), enquanto a percepção sobre a situação financeira das famílias permaneceu estável em 73,9 pontos. Na análise por faixa de renda, houve uma queda notável na confiança dos consumidores de menor poder aquisitivo (renda até R$ 2.100,00) e estabilidade para aqueles com maior poder aquisitivo (renda acima de R$ 9.600,01). Já as faixas intermediárias de renda (entre R$ 2.100,01 e R$ 9.600,00) mostraram melhoria na confiança, influenciada tanto por avaliações do momento atual quanto por perspectivas futuras. INCERTEZA O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas registrou uma leve queda de 0,5 ponto em novembro, atingindo 110,4 pontos. No entanto, permanece acima dos 110 pontos, que é o limite inferior da faixa considerada de alta incerteza. Anna Carolina comenta que a pequena redução no nível de incerteza em novembro indica uma estabilidade em um patamar moderadamente desfavorável. Essa tendência foi influenciada pela diminuição no componente de Expectativas, que reflete a redução na dispersão das previsões para inflação, juros e câmbio para os próximos 12 meses. Por outro lado, o componente de Mídia, que avalia o nível de incerteza através de notícias econômicas, apresentou um aumento no mês, influenciado pela piora nas projeções para o déficit primário de 2023. Isso gerou uma incerteza fiscal e limitou uma queda mais acentuada do IIE- Br. Além disso, incertezas externas, como as eleições na Argentina, podem ter tido um impacto no resultado. CONFIANÇA DO COMÉRCIO O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da FGV IBRE registrou queda pelo terceiro mês seguido em novembro, diminuindo 2,7 pontos para 86,5 pontos. A economista do FGV IBRE, Geórgia Veloso, analisa que a confiança do comércio sofreu queda contínua devido tanto às avaliações do momento atual quanto às expectativas futuras. Ela destaca que, apesar de melhorias no cenário macroeconômico e do início das vendas de fim de ano, o comércio não atingiu as expectativas para o período. A demanda fraca atual, combinada com expectativas negativas para as vendas futuras, está causando preocupação entre os comerciantes, acentuada pela diminuição na confiança dos consumidores nos últimos meses de 2023. Em novembro, o Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 2,7 pontos para 84,0 pontos, influenciado pela deterioração das perspectivas de vendas futuras e da tendência dos negócios para os próximos seis meses, que recuaram 3,2 e 2,1 pontos, atingindo 83,2 e 85,2 pontos, respectivamente. Nos últimos cinco meses, o ISA-COM apresentou uma tendência negativa com uma queda acumulada de cerca de 10 pontos. Até o final de novembro, 29,4% das empresas indicaram que a demanda insuficiente era um fator limitante para a expansão dos negócios. Esse percentual foi de 20,7% em segmentos de bens essenciais, enquanto em outros setores, alcançou 34,5%. Geórgia ressalta que os resultados de novembro confirmam as previsões de um quarto trimestre desafiador para o comércio, mesmo com eventos sazonais que normalmente impulsionam o setor. CONFIANÇA EMPRESARIAL Outro indicador que apresentou baixa foi o Índice de Confiança Empresarial (ICE) da FGV IBRE que diminuiu 1,1 ponto em novembro, atingindo 91,8 pontos, marcando o nível mais baixo desde maio. As médias móveis trimestrais também apresentaram uma redução de 1,0 ponto. O Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr., analisa que a confiança empresarial em novembro seguiu a tendência dos meses anteriores, com uma ligeira melhora nas avaliações do presente e uma queda mais pronunciada nas expectativas para os próximos meses. Isso indica que os setores cíclicos da economia, que compõem aproximadamente dois terços do PIB, estão mostrando um ritmo moderado de atividade no quarto trimestre e estão apreensivos quanto às perspectivas econômicas para o primeiro trimestre de 2024. Por outro lado, o setor industrial demonstrou uma recuperação pela primeira vez no segundo semestre, e o setor da Construção se manteve relativamente resiliente, impulsionado pelo otimismo no segmento de obras de infraestrutura.
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