Lojista 409

47 Móbile Lojista 409 | JUNHO 2024 | Ano XLII A executiva fala que a companhia organizou esse processo criando um conselho com participação de agentes externos. “Houve a criação do Conselho Administrativo juntamente com a empresa I9 Gestão Consultoria e Treinamento, na pessoa do Cleverson Forato, que é um parceiro de muitos anos e nos auxiliou bastante nesse processo “, explica. Ela compartilha que existem diferenças no modo de trabalho das gerações e que essas mudanças têm ajudado a trazer agilidade aos negócios. “São várias diferenças, mas algumas ficam mais evidentes como: agilidade na tomada de decisão, uma empresa mais leve e com menos processos burocráticos e uma diretoria mais próxima de todos os colaboradores.” COVID ACELEROU O PROCESSO DE SUCESSÃO Regiane explica que o comando da Nicioli sempre acreditou na importância de preparar os membros mais novos da família para o comando do negócio, mas que foi durante a pandemia de Covid-19 que essa necessidade se consolidou como uma prioridade. “Era uma necessidade antiga, porém, ficou mais evidente após o período do Covid e com o distanciamento maior do meu pai, que precisou se ausentar durante o seu tratamento pós-covid. Por isso, compreendemos que para termos resultados diferentes, precisaríamos planejar, pensar e agir de formas diferentes àquelas que estávamos acostumados”, confidencia. ESPECIALISTAS FALAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SUCESSÃO FAMILIAR NOS NEGÓCIOS Os sócios da Direto Group, Silvinei Toffanin e Márcia Abreu, explicam que a sucessão familiar tem forte impacto financeiro na vida da família e da empresa. “De forma prática, pensar e planejar a sucessão serve não apenas para evitar ou reduzir disputas por bens e direitos no futuro. Também auxilia na redução de custos relacionados a impostos, taxas, honorários e outras despesas que incidem sobre a herança, além de proporcionar mais agilidade ao processo de transferência dos bens, proteger o patrimônio familiar de eventuais riscos, como desvalorização, deterioração, penhora, fraude e outros. E, claro, trata-se de um meio de assegurar a continuidade dos negócios e dos investimentos da família”, detalham. Os executivos explicam que o ideal é que esse planejamento não espere o falecimento do membro que comanda a companhia e que medidas simples, como a contratação de um seguro de vida, podem facilitar a vida das pessoas enquanto a sucessão acontece. “É importante entender que na hora de planejar a sucessão, uma série de ferramentas podem ser utilizadas. Para isso, deve-se levar em consideração o patrimônio envolvido e o que será mais vantajoso nesse processo. Em algumas situações, um testamento resolve a questão da distribuição dos bens. Em outras, no entanto, a constituição de uma family office se torna mais estratégico. Assim como para alguns momentos é interessante se valer das doações e do estabelecimento de um seguro de vida para o titular do patrimônio”, aconselham. Para eles, o projeto de sucessão familiar precisa ser adaptado à realidade de cada família. Não há receita de bolo pronta. “O fato é que cada plano de sucessão precisa ser definido tomando por base as particularidades de cada família e levando em consideração os desejos do proprietário do patrimônio e necessidades de cada herdeiro. Independentemente dos caminhos e ferramentas adotados, é fundamental iniciar o planejamento com antecedência. Dessa maneira, todos ficam resguardados”, concluem. Regiane Palhari Homen é diretora de operações da Nicioli Arquivo pessoal

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