Lojista 414
13 Móbile Lojista 414 | NOV/DEZ 2024 | Ano XLIII O segmento de móveis e eletrodomésticos também apresenta boas perspectivas. Em setembro, o setor registrou um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com projeções de 3,6%, 4,3% e 4,4% para os meses seguintes. Esses números reforçam a força do setor, especialmente em meses estratégicos como novembro e dezembro, quando eventos como Black Friday atraem consumidores e impulsionam as vendas. Segundo o estudo, o setor espera encerrar 2024 com um avanço de 15% nas vendas, impulsionado especialmente pelas datas sazonais. A redução do endividamento das famílias e o fortalecimento do mercado de trabalho são apontados como fatores-chave para o consumo nesse período estratégico. DADOS RECENTES REFORÇAM O OTIMISMO Além das projeções do IAV- IDV, dados da empresa de meios de pagamento Stone reforçam o otimismo para o trimestre final de 2024. Em outubro, as vendas no varejo cresceram 4% em relação ao mesmo período do ano anterior e 2,5% frente a setembro. Segundo o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, o mês foi positivo tanto para lojas físicas quanto on-line. “O setor também teve um bom desempenho no recorte regional e entre os segmentos analisados, recuperando boa parte da queda do mês anterior”, afirmou Calvelli. Especificamente no setor de móveis e eletrodomésticos, houve um aumento de 1,6% no décimo mês do ano. CONFIANÇA EMPRESARIAL AVANÇA, MAS DESAFIOS PERSISTEM Indicadores do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) mostram divergências nas perspectivas de empresários, consumidores e o setor comercial. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,7 ponto em outubro, atingindo 98,1, revertendo a queda do mês anterior. O índice reflete uma economia em ritmo moderado, com avanços no Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E), que atingiu o maior nível desde setembro de 2022 (98,5 pontos), e no Índice de Expectativas Empresariais (IE- E), que alcançou 97,8 pontos. “O resultado traz elementos tanto positivos quanto negativos. Pelo lado negativo, a confiança industrial recuou pelo segundo mês consecutivo, e a do Comércio permanece em nível historicamente baixo. Por outro lado, o Índice de Situação Atual Empresarial atingiu seu maior nível em mais de dois anos, e as expectativas para contratações e avanços nos negócios para os próximos seis meses continuam otimistas”, avalia o superintendente de estatísticas do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr. Por outro lado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou queda de 0,7 ponto em outubro, atingindo 93,0, após quatro meses consecutivos de alta. A retração foi impulsionada pela piora nas expectativas futuras, especialmente nas projeções sobre as finanças familiares, que atingiram o menor nível desde junho deste ano. Apesar disso, a percepção sobre a economia atual apresentou leve melhora, alcançando 94,4 pontos, o maior patamar desde 2014. “Após quatro meses de alta, a confiança do consumidor recua em outubro, refletindo uma acomodação das expectativas para os próximos meses. Apenas o indicador que mede a percepção corrente sobre a economia registrou alta, dando continuidade à lenta e gradativa melhora nas condições atuais. Entre as faixas de renda, a piora foi generalizada, exceto para consumidores com rendimentos entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, que apresentaram resultados favoráveis no mês”, explica a economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia. No setor comercial, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 1,2 ponto, encerrando outubro com 89,0 pontos. O resultado reflete avaliações negativas sobre o volume atual de demanda e as perspectivas de vendas futuras. De acordo com a economista do FGV IBRE, Geórgia Veloso, a Black Friday e o Natal oferecem oportunidades para o comércio, mas a incerteza econômica ainda pesa sobre os empresários. “Muitos mantêm previsões de redução nas vendas futuras, com o indicador atingindo seu menor patamar em seis meses consecutivos de retração.” No setor comercial, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 1,2 ponto em outubro, encerrando o mês com 89,0 pontos. O resultado reflete avaliações negativas sobre o volume de demanda atual e as perspectivas para vendas futuras. A economista do FGV IBRE, Geórgia Veloso, explica que, embora datas como Black Friday e Natal ofereçam oportunidades para o comércio, a incerteza econômica ainda pesa sobre os empresários. “Muitos mantêm previsões de redução nas vendas futuras, com o indicador atingindo seu menor patamar após seis meses consecutivos de retração”, analisa. Geórgia acrescenta que a confiança no comércio segue instável, apresentando variações negativas tanto na percepção do momento atual quanto nas expectativas futuras. “O Índice de Situação Atual, que vinha mostrando sinais de recuperação nos últimos meses, sofreu uma nova queda, com o segundo recuo consecutivo nas avaliações sobre o volume de demanda. Esse cenário preocupa os empresários, que enfrentam um início de quarto trimestre morno, marcado pela incerteza em relação ao comportamento da economia na virada do ano”, conclui a economista.
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