Lojista 414

43 Móbile Lojista 414 | NOV/DEZ 2024 | Ano XLIII Entre os motivos dos juros altos está a necessidade de manter a inflação na casa dos 4,5% anuais, tolerância máxima sobre a meta inflacionária que é de 3% ao ano – ainda que a inflação deste ano seja a menor taxa dos últimos quatro anos. Juros altos têm impacto direto no varejo de bens duráveis, como móveis. Devido ao alto ticket, essas compras costumam ser feitas com acesso a crédito, principalmente o cartão de crédito, principal causador da inadimplência das famílias. Ainda assim, o varejo brasileiro se mostrou resiliente aos juros altos neste ano, de acordo com dados do IBGE. “Comparado aomesmo trimestre de 2023, o comércio varejista teve alta de 4,0%no terceiro trimestre de 2024. Assim, o terceiro trimestre adiciona umponto à sequência de oito resultados no campopositivo, emvolume, para esse indicador. Cinco atividades tiveramalta nas vendas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,1%), Outros artigos de usopessoal e doméstico (6,0%),Móveis e eletrodomésticos (4,7%), Tecidos, vestuário e calçados (4,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%)”, informou relatório sobre os dados do varejo emsetembro. “Comparado aomesmo trimestre de 2023, o comércio varejista teve alta de 4,0%no terceiro trimestre de 2024. Assim, o terceiro trimestre adiciona umponto à sequência de oito resultados no campopositivo, emvolume, para esse indicador”, informouo relatório sobre os dados do varejo emsetembro. Cinco atividades tiveramalta nas vendas; entre elas, a categoria demóveis e eletrodomésticos figurouna terceira posição, com aumentode 4,7%. A questão inflacionária não é algo exclusivo do Brasil. Consumidores de países desenvolvidos também estão sentindo o peso da desvalorização do dinheiro – e isso deve impactar as compras em 2025. Umestudo publicado pela NIQmostra que as pessoas pretendemdirecionar suas compras no ano que vem priorizando umuso estratégico do dinheiro, como emeducação e lazer comamigos e familiares. Trata-se de uma tentativa de ganhar qualidade de vida comos gastos, o que pode ter impacto nos resultados de mercados que não são vistos como estratégicos para esses consumidores. A tendência é que as compras por impulso sejamevitadas pelas pessoas. “Isso sugere que os consumidores estãodispostos a gastar consigo mesmos ou comseus familiares se isso resultar emprosperidade e realização a longoprazo”, diz o relatóriodaNIQ. Essa conclusão pode ajudar o mercado moveleiro a pensar suas ações de marketing. Será que móveis devem ser vendidos como bens duráveis, ou como objetos que tragam experiências e realização aos moradores de uma casa? Fica o convite à reflexão. Ao mesmo tempo, um levantamento da NIQmostra que o consumidor brasileiro deve se manter cauteloso no ano que vem, devido à inflação. “Amaioria dos consumidores brasileiros está na categoria de cautelosos (43%), cuidadosos sobre onde gastam seu dinheiro e com intenções claras de economizar. Assim, a principal preocupação dos consumidores brasileiros continua sendo o aumento dos preços dos alimentos (35%) e quase um terço (29%) percebe que sua situação financeira continua a piorar emcomparação como ano anterior. A crise climática (17%) e uma possível recessão econômica (16%) tambémsão preocupações relevantes para os consumidores”, revela o estudo. EXPERIÊNCIA DE COMPRA COM A AJUDA DE IA A tecnologia tem sido uma aliada na hora de melhorar a experiência de compra dos clientes. Umdos exemplos disso é o crescente uso de Inteligência Artificial (IA) nesse processo – que tem tudo para se tornar ainda mais presente no varejo no próximo ano. “A IA tem sido fundamental para oferecer atendimento ao cliente de forma eficiente durante grandes eventos de vendas segundoMcKinsey &Company. Com o uso de assistentes virtuais e tecnologias de aprendizado de máquina, empresas conseguem responder rapidamente às dúvidas dos consumidores, mantendo um alto nível de personalização. Apesar das vantagens, a IA e a automação apresentamdesafios relacionados à transparência e privacidade de dados. Estudo da Grand View Research destaca que a confiança dos consumidores depende da clareza no uso de seus dados pessoais”, opina o CEO da Redrive, empresa de tecnologia, Daniel Reginatto. Todavia, o CEO esclarece que quando o objetivo é usar a IA para melhorar a experiência do cliente, é necessário somar a tecnologia à capacidade analítica humana. “O futuro das vendas está na combinação entre tecnologia e personalização humana. Empresas que entenderem como utilizar IA e automação com inteligência terão uma vantagem competitiva significativa, e é isso que oferecemos na Redrive”, esclarece. Um estudo desenvolvido pela NIQmostra que o consumidor está disposto a ouvir recomendações de compras obtidas por meio de IA. “40% dos consumidores aceitariamuma recomendação de produto de seu assistente de IA, e 40% utilizariam IA para automatizar e acelerar suas decisões diárias de compras, tornando essencial para as empresas avaliar quais avanços em IA atrairão os consumidores e fornecer opções para apoiar os consumidores mais velhos”, informa a NIQ. Ainda de acordo com a NIQ, os brasileiros estarão dispostos a investir em suas casas, desde que esse investimento melhore sua experiência. “Os consumidores brasileiros em 2025 terão uma preferência maior por gastar mais em experiências em casa para economizar em custos com restaurantes e entretenimento (66%), e 47% dizem que poderão comprar mais marcas próprias do que antes. Daí a importância de os fabricantes e varejistas complementarem seus esforços em relação aos formatos de desempenho e à análise que precisam realizar sobre a marca própria em 2025”, informa.

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