Lojista 421
14 Móbile Lojista 421 | Agosto 2025 | Ano XLIII Tanto a avaliação sobre o momento presente quanto às expectativas futuras pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 2,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 1,8 pontos. Os varejistas estão menos otimistas com as vendas nos próximos três meses e com a tendência dos negócios no horizonte de seis meses, indicando cautela nas decisões comerciais. SETOREMPRESARIAL TAMBÉMMOSTRA SINAISDE ENFRAQUECIMENTO O Índice de Confiança Empresarial (ICE) também apresentou queda, de 0,8 ponto, marcando 91,3 pontos em julho. Essa é a segunda retração mensal consecutiva, refletindo a piora nas expectativas entre os setores, sobretudo na Indústria de Transformação. A avaliação atual sobre os negócios recuou levemente, mas a tendência de queda é mais acentuada no horizonte de médio prazo. O IE-E caiu 1,1 ponto, atingindo 89,1 – o menor nível desde outubro de 2023. Entre os fatores que preocupam, está o aumento das alíquotas de importação pelos EUA, que pode impactar negativamente a indústria brasileira. “A queda da confiança em julho reflete principalmente a piora das expectativas, que ocorre de forma bastante disseminada e intensa entre os setores. Um destaque negativo é a Indústria de Transformação, com piores avaliações sobre o momento presente e intensificação da tendência de aumento do pessimismo em relação aos meses seguintes, um possível reflexo do anúncio de aumento das alíquotas de importação pelos EUA, anunciado em 9 de julho”, avalia o pesquisador do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr. Além disso, o levantamento do FGV IBRE aponta uma ampliação da diferença entre os índices de expectativas e os de percepção atual nos setores monitorados, o que revela um descolamento entre o que se espera e o que se observa na prática. Essa distância crescente reforça a leitura de um ambiente ainda instável, no qual a confiança se apoia mais na esperança do que em resultados concretos. REFLEXOS NO VAREJO MOVELEIRO Para o varejo de móveis, o cenário de julho reforça a necessidade de planejamento cauteloso e ações direcionadas. A leve recuperação na confiança dos consumidores indica um ambiente propício à reativação do consumo de bens duráveis, especialmente entre públicos sensíveis ao crédito e à renda. Ao mesmo tempo, a inflação crescente e a baixa confiança do comércio e da indústria acendem o alerta para estratégias mais acertadas no ponto de venda, mix de produtos ajustado e foco em diferenciação. Setores como serviços e construção civil também apresentaram queda em seus índices de confiança, indicando menor expectativa de investimentos e arrefecimento nas obras e reformas. Para o varejo moveleiro, isso significa um possível impacto indireto nas vendas, exigindo ainda mais atenção à conjuntura e ao comportamento do consumidor final. Diante de um segundo semestre que tende a ser marcado por instabilidades políticas e econômicas, o lojista moveleiro precisará equilibrar expectativas com realidade, investindo em relacionamento com o cliente, gestão de estoque e leitura constante dos indicadores do mercado. Adobe Stock Com a reta final do ano se aproximando, planejamento agora é essencial para aproveitar as oportunidades BALANÇO DE MERCADO
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