E-commerce deixou de faturar milhões durante a greve dos caminhoneiros
Comércio digital do Brasil ficou sem lucrar cerca de R$ 407,2 milhões no período, mas a normalização de entregas e vendas deve retornar em até dez dias
Publicado em 5 de junho de 2018 | 17:43 |Por:
Durante os 11 dias de paralisação dos caminhoneiros, o e-commerce brasileiro deixou de faturar R$ 407,2 milhões, de acordo com a Ebit, empresa referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro. No período, a estimativa é de que 861.710 mil pedidos deixaram de ser feitos pelos consumidores, queda média diária de 20% nas vendas se comparado com os mesmos dias das semanas pré-paralisação.
Além do Dia das Mães, principal data do calendário do varejo eletrônico no primeiro semestre, que registrou alta nominal de 12% na comparação do ano passado, as vendas no e-commerce estavam bastante aquecidas, impulsionadas pela proximidade da Copa do Mundo.
“É um período muito bom para as vendas de TVs, que possuem tíquete médio mais alto e isso impacta positivamente no faturamento do setor. Com a greve, o consumidor ficou com receio de comprar e não ter a certeza quando o equipamento chegaria. Essa incerteza que gerou a retração nas vendas”, explica o diretor executivo da Ebit, André Dias.
De acordo com os indicadores, apesar dos impactos negativos da greve, o e-commerce fechou o mês de maio com crescimento nominal de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Prevíamos inicialmente 20% e fechamos o mês com metade. Nossa expectativa é que com a normalização da atividade econômica, possamos reaver esse crescimento represado. Além da Copa do Mundo, teremos o Dia dos Namorados que também é uma data importante para o e-commerce”, comenta o profissional.
– Os impactos da paralisação dos caminhoneiros no comércio varejista
Ainda de acordo com o diretor executivo da Ebit, é esperado que a normalização das entregas e a retomada das vendas devem acontecer em um período de até dez dias. “Os varejistas contrataram mão de obra extra para realizar as entregas e vão apostar em campanhas para atrair o consumidor de volta ao comércio eletrônico”, aponta.
(com informações de assessoria)