Setor moveleiro da China pode servir de inspiração para o Brasil
China teve evolução exponencial na produção de móveis e pode servir de espelho para o Brasil
Publicado em 13 de dezembro de 2018 | 16:00 |Por: Cleide de Paula
O setor moveleiro da China produziu mais de US$ 164 bilhões em 2017. Com tamanha fabricação de móveis, o país é protagonista na produção mundial. Detém 39,3% de participação e responsável por 32,4% das exportações de móveis no mundo. Um dos principais destinos dos móveis chineses são os Estados Unidos, mas isso pode ter abalos com a guerra comercial entre EUA e China que pode afetar o Brasil.
A recente imposição de tarifas impostas às importações chinesas nos Estados Unidos é um problema para ambos. Pode fazer com que o país americano enxergue oportunidade em outras fontes do mercado asiático. Estão previstas tarifas de 25% para entrarem em vigor em 1º de janeiro de 2019.
Setor moveleiro da China
Ao longo deste século, o setor moveleiro da China cresceu exponencialmente. Em 2006, a produção do país era de apenas US$ 38 bilhões, com 14% de participação no mercado mundial. Na época, o mercado moveleiro mundial ainda dominada pela União Europeia (liderada por Itália e Alemanha) e Estados Unidos, ambas representando 32,8% e 20,2%, respectivamente.
Diversos fatores apontam para o crescimento da produção moveleira chinesa. A trajetória de crescimento iniciou em 1976. Naquele ano, Deng Xiaoping adquiriu uma política de portas abertas ao investimento estrangeiro. Com isso, fez o PIB ter um salto enorme (antes era menor que o do Brasil).
O país é palco de grandes feiras moveleiras como a Furniture China ou as duas edições da Ciff. Produz e exporta bastante, tem um modelo de negócio bem definido e um mobiliário com cada vez mais design.
Esses e outros assuntos sobre o setor moveleiro da China é possível conferir em reportagem especial de dez páginas na edição 288 da Móbile Fornecedores. Nela, contamos como o país aproveitou a migração da produção mundial de móveis oferecendo baixos custos de produção e estratégias que iniciaram muito antes, na abertura econômica do país para o mundo.