Impulsionadas pela Black Friday, vendas no comércio de móveis e eletro crescem 5% em novembro
Setor registrou a maior taxa do ano no comparativo mensal e exerceu uma das principais influências na taxa global do varejo
Publicado em 15 de janeiro de 2019 | 15:16 |Por:
Na passagem de outubro para novembro de 2018 o comércio de móveis e eletrodomésticos cresceu 5%, informou nesta terça-feira (15) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Impulsionada pelo consumo da Black Friday, a taxa do volume de vendas do segmento foi a maior do ano no comparativo mensal e uma das principais influências na expansão global do varejo, cujo avanço foi de 2,9%.
Segundo o IBGE, quem mais influenciou o resultado positivo foram justamente as atividades sensíveis às promoções da Black Friday: segmentos que têm uma concentração de empresas que se beneficiam mais das vendas online, que é o foco das promoções de novembro.
– É hora de ver a Black Friday como uma temporada para venda de móveis
“O patamar atual de vendas do varejo como um todo está próximo de junho de 2015. Ele coloca o comércio na menor distância do pico da série histórica desde então. Porém, mesmo com esse avanço importante, ainda está 5,1% abaixo do recorde, que foi em outubro de 2014. Por outro lado, já se distanciou do ponto mais baixo, que ocorreu em dezembro de 2016, quando estávamos -13,5% abaixo do pico”, destacou a gerente da Pesquisa Mensal do Comércio, Isabella Nunes.
O comércio de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 1,6% no volume de vendas em relação a novembro de 2017, teve o quinto maior impacto na taxa global e interrompeu uma sequência de quatro meses de taxas negativas. Com este resultado, o acumulado no ano passou de -1,1% em outubro para -0,8% em novembro, mas ainda assim mantendo o ritmo de queda iniciado desde maio de 2018 (0,6%). Já o acumulado em 12 meses passou de 1,4% em outubro para 0,1% em novembro.
Dentre as unidades da federação pesquisadas pelo IBGE, a que mantém o ritmo mais acelerado de crescimento no comércio de móveis e eletrodomésticos é Espírito Santo, com taxa acumulada em 2018 de 26,7%. Na sequência figuram Goiás (6,2%), Paraná (5,7%) e Rio de Janeiro (5,6%). Por outro lado, a queda mais acentuada até agora foi registrada em Minas Gerais (-19,3%).