Dia da Indústria: setor representa mais de 20% do PIB brasileiro

Publicado em 24 de maio de 2019 | 14:40

Considerada uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento do país, a indústria tem seu dia celebrado no dia 25 de maio. Embora a economia brasileira viva um momento delicado, com muitas mudanças e ajustes previstos para que volte a deslanchar, há muito o que se comemorar pela existência deste setor que representa mais de 20% do PIB do Brasil e emprega mais de nove milhões de trabalhadores.

O bom desempenho da indústria, seja ela de bens intermediários – responsável pela produção de máquinas, ferramentas e instrumentos para outras indústrias – ou de bens de consumo, que produzem desde eletrodomésticos, móveis e automóveis (bens duráveis) até alimentos, roupas e bebidas (bens não duráveis), está diretamente atrelado ao uso de tecnologias e ferramentas que permitam agilizar os processos de produção e, consequentemente, reduzir os custos. Afinal, processos de produção parametrizados com bons equipamentos e mão de obra qualificada contribuem para o sucesso, não apenas de uma indústria, mas de toda a cadeia produtiva.

A autossuficiência de produtos manufaturados pela indústria permite que o país tenha o necessário para atender a demanda não apenas local, mas também de outras nações por meio de importações e exportações. Somente no Brasil, a produção da indústria é responsável por 49% do total das exportações e contribui com aproximadamente R$ 1,3 trilhão para a economia nacional, números muito expressivos principalmente quando analisada a arrecadação tributária sobre esses bens, que somam 32% dos impostos destinados aos cofres federais.

Um fator que chama atenção e desperta a confiança no setor, tanto por parte dos empresários e potenciais investidores, quanto do consumidor, está relacionado a produção industrial e seu aumento registrado pelo nono mês seguido em março deste ano. Embora boa parte da produção tenha sido destinada a estoque, os indicadores do otimismo voltaram a brilhar, pois a mão de obra se fez necessária – somente a indústria paulista abriu 9,5 mil vagas de emprego em abril – e assim aumentou as previsões de maior expansão da base de clientes, expansão da capacidade e dos investimentos em máquinas e ferramentas que possam suportar esta ampliação.

Outro índice muito utilizado para avaliar a temperatura deste mercado é o da confiança do consumidor, medido pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDJ) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o último levantamento realizado em abril, o estudo apontou 46,9 pontos, depois de ter atingido 45,6 pontos em março. Isso representa que um mercado mais confiante passa a consumir, ainda que com certa cautela, produtos e serviços antes colocados em segundo plano.

De qualquer forma, é preciso ter claro que um cenário industrial saudável, em alta produtividade, impulsiona o desenvolvimento de pesquisas para o aperfeiçoamento de processos, maquinário e produtos cada vez mais eficientes e que correspondam às expectativas do consumidor final. Para que isso aconteça em âmbito nacional, é preciso seguir acreditando no potencial de desempenho de toda a cadeia produtiva.

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