Duratex, a sustentabilidade das chapas e painéis que decoram lares e escritórios
A partir do manejo florestal responsável, a Duratex transforma matéria-prima em soluções
Publicado em 18 de outubro de 2019 | 10:57 |Por: Cleide de Paula
A convite da Duratex, a Revista Móbile / Portal eMóbile, passou o Dia do Consumo Consciente, comemorado em 15 de outubro, com quem é referência em sustentabilidade. A Duratex foi a primeira empresa do Hemisfério Sul a conquistar o certificado FSC. Dentre os produtos certificados estão painéis, pisos e acessórios de madeira.
A Duratex abriu as portas da unidade de Itapetininga (SP). Os convidados, um grupo de jornalistas, pôde conhecer o “Jeito de ser e fazer” da empresa, as instalações e conferir de perto uma operação de colheita da madeira, além do processo de produção das chapas de MDP e MDF e ainda as fases de impregnação e linhas BP e alto brilho. A área total dessa unidade industrial é de 295 mil metros quadrados, sendo 85 mil metros quadrados de área construída.
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A capacidade anual de produção da unidade é de 410 mil Mm3 de MDP(ContiRoll) na espessura 15 mm; 540 mil Mm3 de MDF (ContiRoll), 8.000 mil Mm2 na linha BP2; 10.000 mil Mm2 na linha BP3, 3.000 Mm² linha alto brilho; 35.000 (Mm² / ano) na impregnadora.
Ativo florestal Duratex
O ativo florestal da unidade de Itapetininga é de 20.872 hectare (ha) e está distribuído em 36 fazendas localizadas a um raio de distância médio de 71 quilômetros. A colheita anual chega a 1.100 Mm³ e envolve a mão de obra de 131 colaboradores (equipes de plantio, tratoristas entre outras funções).
A dimensão média de floresta de eucalipto gira em torno de 155.070,5 ha e representa 63,9% da área total da companhia. A reserva voltada à conservação é de 58.624,6 ha o que corresponde a 24,1%. Em relação à posse da terra 55,1% é no modelo arrendamento (133.828,5 ha ), 33,8% é propriedade própria (82.135,4 ha) e 11 % em fomento (26.789,6 ha).
A seleção das propriedades terceiras que fornecem madeira para a Duratex está relacionada à existência de área de conservação, capacidade produtiva e à localização dos sítios em relação às unidades industriais.
“O conceito de operador-mantenedor é um papel bastante importante para a área agrícola. Qualquer ajuste na máquina e manutenção é feito rapidamente em campo pelo mecânico, sem necessidade de deslocamento de outro profissional”, explicou o coordenador de produção florestal, Matheus Esteves.
Melhoramento genético
A Duratex tem 68 anos de existência e iniciou com uma fábrica em Jundiaí (SP). Há muitos anos é referência em custos florestais de produção e muito da sua expertise é resultado do programa de melhoramento genético. O breeding specialist (melhorista) da Duratex, Odair Bison, destaca que os objetivos do programa são aumento da produtividade (volume), melhoria da qualidade da madeira (densidade e rendimento de celulose solúvel) e manutenção da variabilidade genética (conservação de bases genéticos).
Toda a atividade da divisão madeira da Duratex tem início no viveiro. É aí que a muda ganha vida na terra. “Sempre procuramos aumentar o volume e a densidade para que se tenha a segurança de aumentar a massa que implica em um maior rendimento de aproveitamento das chapas”, frisa Odair.
Odair salienta que a Duratex trabalha com melhoramento genético desde 1969 e que se não houvesse feito esse trabalho, a produtividade estaria em níveis muito baixos por volta de 20 ou 30 Mm3 por hectare. Atualmente, o índice supera 55 Mm3 por hectare.
A Duratex conseguiu evoluir substituindo o plantio seminal pela técnica de plantio clonal que gera maior produtividade, homogeneidade e resistência a doenças. Em um processo contínuo, a empresa faz a substituição dos clones antigos por clones mais produtivos.
Gestão Duratex
O coordenador de produção florestal, Matheus Esteves, explica que a grande diferença da Duratex é manter uma estrutura própria e especializada de funcionários que conhecem os processos. “Usam a mesma camisa e seguem o mesmo programa de segurança. Há ainda uma área de suporte, de planejamento estratégico e desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, qualidade, além de áreas operacionais (silvicultura, colheita, manutenção e abastecimento da fábrica)”, complementa.
A unidade de Itapetininga atua com uma complexidade de produtos sendo MDF voltado para varejo e exportação e foco em revestimento de produtos nobres como o Cristallo. Fornece MDP para São Paulo e Paraná e representa 28% da capacidade produtiva instalada do grupo.
Consumo consciente
O engenheiro sênior da área de certificação de projetos, Lennon Franciel Neto, ensinou os conceitos de consumo consciente resumindo que se tratam de escolhas positivas no processo de compra. Para exemplificar, Lennon apresentou os princípios do Instituto Akatu que se resumem às seguintes perguntas sobre como consumir de forma consciente: Por que comprar? O que comprar? Como comprar? De quem comprar?
O engenheiro destacou que a sustentabilidade está amparada no equilíbrio do tripé econômico, social e ambiental. “O FSC e o consumo consciente se relacionam porque a certificação contribui, entre outros pontos, para a legalidade da madeira, rastreabilidade do produto e manejo florestal responsável”, afirmou.
10 passos Duratex para manejar florestas de forma responsável:
- Obediência às leis e aos princípios FSC
- Direitos e responsabilidades de posse e de uso
- Direitos dos povos indígenas
- Relações comunitárias e direitos dos trabalhadores
- Benefícios da floresta
- Impactos ambientais
- Plano de manejo
- Monitoramento e avaliação
- Florestas de alto valor de conservação
- Plantações