O marketing digital também precisa ser humanizado!
Publicado em 3 de dezembro de 2019 | 10:25
Quando participei da última edição do RD Summit 2019, maior evento de marketing digital e vendas da América Latina, que aconteceu no mês de novembro em Florianópolis – SC, muitas informações me impactaram. Não porque ali tivesse surgido algo muito novo ou que não conhecêssemos, mas que me chamou bastante a atenção pela forma como foi apresentada e enfatizada.
O que me despertou interesse positivamente foi a quantidade de vezes em que foi citada a palavra humanização. A começar pelo próprio lema do evento que foi “Desconectando, para conectar pessoas, ideias e oportunidades”.
Num momento em que nos reunimos para trocar informações e submergir num mundo totalmente digital, a palavra “desconectando” já nos passa a sensação de que precisamos rever quais conceitos as marcas estão trabalhando para chegar até o consumidor.
As marcas precisam ter a capacidade de dialogar, como se fosse uma pessoa com quem você gostaria de conversar. Quando trazemos isso para o Marketing Digital, seria “Faça ao próximo o marketing digital que gostaria que fizessem para você”.
Não é como você está se mostrando para seu cliente, mas sim como seu cliente está te vendo no mercado. O mundo está globalizado, mas o consumidor quer cada vez mais se sentir único, o que nos remete à personalização. A sua linguagem chega de uma forma adequada e específica a cada público ou ela é uma linguagem de massa?
Já sabemos que, no mundo digital, experiência é a palavra de ordem. Quando geramos uma boa experiência garantimos que a nossa marca e o nosso produto não fiquem só marcados na memória do consumidor de forma positiva, mas também que essa experiência seja usada a nosso favor.
Saber usar esses canais, chegar nesse público de forma assertiva e bem pessoal é um dos diferenciais que impactam as marcas. Não é porque o tecnológico ganhou espaço que não podemos entender isso como aproximação com o consumidor. Cada vez mais robôs e assistentes de voz vêm ganhando espaço e conhecemos marcas de grande relevância que fazem essa comunicação de uma forma muito humanizada.
Cito, como exemplo, a Lu do Magalu, assistente virtual do Magazine Luiza, que caiu no gosto do consumidor quando criou uma conexão totalmente intimista e vem nos mostrando que não é quem nos fala, mas sim como nos fala que gera esse sentimento de aproximação e identificação. Outro exemplo, é a Alexa, assistente virtual da Amazon, que tem características muito pessoais e nos faz entender que nesse mundo virtual uma empresa, além de nos fornecer produtos e serviços, pode também nos proporcionar experiências e que essas tecnologias não substituirão o “homem”, mas a forma como essas marcas nos atendem nos dão a exata ideia de que é possível humanizar essa relação.
O que podemos entender com tudo isso?
Que apesar de toda revolução tecnológica e todas essas mudanças pelas quais o mundo passou e continua passando, as pessoas querem relacionar-se. Seja através de contato pessoal, ou através da internet. E essa necessidade de relacionar-se passa pela busca de sentir-se cada vez mais notado e valorizado pelas suas diferenças, o que nos torna únicos e especiais. Essa é a grande sacada que as marcas precisam se atentar a partir de agora, que por trás de um smartphone, de um notebook ou tablet, existe uma pessoa.
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