E-commerce de móveis cresce 94,4% neste ano
Faturamento do e-commerce de móveis nos primeiros cinco meses do ano foi de R$ 2,51 bilhões
Publicado em 30 de junho de 2020 | 15:18 |Por: Thiago Rodrigo
O e-commerce de móveis teve alta de 94,4% até maio em relação a 2019, um faturamento total de R$ 2,51 bilhões. Os dados são da pesquisa realizada pelo movimento Compre&Confie em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O aumento da venda de móveis por meio online ocorreu por dois motivos: fechamento das lojas físicas e o fator home office.
É o que explica o presidente da ABComm, Maurício Salvador. “Primeiramente, o fechamento das lojas físicas que impulsionou o e-commerce de uma forma geral, pois todas as possibilidades de compras passaram a ser só pelo canal digital. Então, quebrou-se uma mesa ou uma cadeira, a única opção era ir para o digital”, explica.
Em segundo lugar, outro impulsionador foi a questão do home office, no qual muitas empresas tiveram que mandar seus colaboradores trabalharem de casa. “Muita gente, quando chegou em casa e foi procurar um canto para trabalhar, viu que não tinha. Dessa forma, teve que comprar uma mesa, uma cadeira, para adaptar seu ambiente de trabalho, correndo para comprar na internet”, justifica.
A perspectiva para o desempenho até o fim do ano, na avaliação do presidente da ABComm, é que o e-commerce de móveis feche com crescimento de 30% em média em 2020, considerando a alta no período do confinamento. “O e-commerce continua crescendo significativamente como cresceria mesmo sem a pandemia”, frisa Salvador.
E-commerce de móveis
O consumidor online está confiando mais na compra de móveis na web. Segundo Salvador, muita gente quebrou algumas barreiras psicológicas em relação a algumas categorias e a categoria de móveis foi uma delas. “Muita gente não comprava no e-commerce porque queria ver o material de perto, sentir, ver a qualidade ou o tamanho e essa barreira foi quebrada. Havia um pouco de tabu pelo lado do consumidor”, afirma.
Milhares de consumidores que compraram nessa categoria pela primeira vez em função da necessidade, certamente vão continuar e vão contar para outras pessoas que tiveram boas experiências, destaca o presidente. Dessa forma, ele acredita que manterão a categoria de móveis em um crescimento mais acelerado do que vinha até agora.
Por que ter e-commerce
Para as empresas offline terem seu canal de vendas online e não ficarem atrasadas, é preciso ter em mente que o e-commerce é um canal adicional de vendas e de alcance da empresa. No momento, a pandemia mostrou do pior jeito e comprovou que as empresas que realizam vendas e não possuem e-commerce, não entraram neste novo século e estão atrasadas.
“E isso vale para empresas de todos os portes, independente do segmento, produto e setor, devido a todos os consumidores e públicos-alvo estarem comprando pela internet diversos produtos. Com efeito, o e-commerce é válido para microempresários, empreendedores e para grandes indústrias e corporações”, diz Salvador.
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Ele salienta que existem muitas plataformas que são muito simples e tem muitas que são super complicadas. Para começar rápido, alguns negócios precisam procurar uma plataforma simples, sem muitas integrações de estoque ou de informações em tempo real, nada disso. É possível colocar um e-commerce no ar muito rapidamente, contanto que seja mais simples (em alguns dias) e pagando barato.
Salvador percebe que algumas empresas chegaram para complicar e cobrando muito caro por isso. Porém, ele vê sites de e-commerce que pagaram muito caro e são piores do que outros que pagaram mais barato. “Ou seja, o preço da plataforma não é sinônimo de qualidade. Pelo contrário, os projetos mais interessantes que já vimos, começaram a partir da simplicidade”, diz e lembra:
“A ABComm tem um conteúdo muito amplo no site da associação para quem tiver interesse, que ajudam a criar um e-commerce de maneira rápida, simples e barata”.
E-commerce brasileiro
O e-commerce brasileiro faturou um total de R$ 41,92 bilhões, 56,8% a mais nos cinco primeiros meses de 2020 em comparação com 2019. Embora o valor do tíquete médio tenha caído 5,4% – de R$ 420,78 para R$ 398,03 –, o aumento do faturamento foi possível porque houve crescimento de 65,7% no número de pedidos, de 63,4 milhões para 105,06 milhões.