Arauco realiza live sobre o Dia do Marceneiro
Transformar e realizar sonhos: Dia do Marceneiro celebra profissão que estampa criatividade em itens do dia a dia
Publicado em 15 de março de 2021 | 08:40 |Por: Thiago Rodrigo
No dia 18 de março, a Arauco realizará uma live em homenagem ao Dia do Marceneiro, às 19h30 em seu Youtube da Arauco Brasil. Com as participações especiais do arquiteto Marcos Parino, o especialista da Arauco Alexandre Romero e a marceneira Verônica Braga, a fabricante de painéis de madeira que se coloca como parceira do marceneiro, junta os profissionais para compartilhar
A Arauco tem em seu site um espaço para orientar marceneiros de primeira viagem (e com um pouco mais de estrada) a desenvolver projetos próprios. A multinacional chilena entende o profissional da marcenaria como aquele que transforma desejos em realidade em objetos que são fundamentais no dia a dia – ou é possível imaginar ambientes funcionais, confortáveis e aconchegantes sem mobiliário?
Histórias de marceneiros
No Dia do Marceneiro, Verônica Braga e Márcio da Silva são exemplos práticos e de sucesso de uma profissão que tem transformação no DNA. E que a companhia, produtora de painéis e madeira utilizadas pela indústria moveleira, construção civil e de embalagens, vê como um de seus principais parceiros, porque é das mãos dele que produtos Arauco fazem sonhos se tornarem realidade.
“Ser marceneiro é ter o poder de transformar”, afirma Verônica Braga, instrutora de marcenaria e designer de interiores. Houve um marceneiro que herdou a profissão do pai e que, certa vez, transformou água em vinho, depois deu início a um novo calendário e mudou a história da humanidade.
“O marceneiro tem a habilidade de transformar a madeira, ou o substrato dela, em peças que são o sonho ou o desejo de milhares de pessoas”, prossegue Verônica. “Mas a marcenaria tem o poder também de transformar as pessoas que exercem essa profissão. Então, a transformação é o que basicamente ela nos proporciona, de uma forma ou de outra”, filosofa ao celebrar o significado do marceneiro, que ganhou o dia 19 de março para ser homenageado.
O documento “Profissiografia de Marcenaria”, parte da revista “Arquivos Brasileiros de Psicotécnica”, que circulou entre 1949 e 1968 – hoje disponível na biblioteca digital da Fundação Getúlio Vargas – informa sobre documentos antigos relativos ao exercício da marcenaria na fundação da cidade de Mênfis, cidade do Antigo Egito, 500 anos antes de Cristo.
– Leia tudo sobre o profissional da madeira
Outros documentos apontam para a existência de oficinas de marcenaria pela Europa no ano de 1500. Hoje, a profissão remete tanto ao realizado naquela oficina no fundo de casa, com uma bancada e algumas ferramentas para o reparo e a construção de móveis e objetos do cotidiano, quanto ao Salão de Milão, que desde 1968 reúne o estado da arte da marcenaria, reúne em média 2,5 mil marcas internacionais e até 300 mil visitantes por edição e movimenta milhões em negócios por ano.
Entre uma ponta e a outra, de universos tão diferentes, uma infinidade de possibilidades, que envolve obrigatoriamente pesquisa, inovação, tecnologia de ponta e sustentabilidade. A mesma raiz entre todas elas: a madeira, a transformação e a capacidade de realizar sonhos por meio de objetos do cotidiano.
No ano passado, o setor moveleiro foi quem apresentou maior crescimento no volume de vendas, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com 2019, a variação foi de 11,9%. Segundo a Arauco, é das mãos do marceneiro, cujo dia é comemorado em 19 de março, que sai boa parte da produção de um dos setores mais importantes da economia do país.
Brilho nos olhos
“Não fabricamos móveis; participamos diretamente dos sonhos das pessoas”, reflete Márcio Irineu da Silva, hoje proprietário de uma marcenaria em São Paulo. Márcio, que não vem de uma família de marceneiros, como é comum na profissão, decidiu pelo trabalho com madeira quando viu a necessidade de ter um móvel para a lavanderia de casa. “Me arrisquei a fazer sozinho”, lembra.
Vencido o primeiro desafio, decidiu se matricular no curso de marcenaria do Senai. Passou também a frequentar oficinas de amigos para aprender e pegar dicas sobre o trabalho com a madeira. No começo, nos fundos da casa onde morava, faltavam ferramentas, mas sobrava disposição e vontade de aprender. “Para trabalhar, eu precisava subir uma escada. Produzia, depois desmontava tudo, descia a escada e levava para montar na casa do cliente”, relembra.
Hoje, dono de um pequeno empreendimento, conta com uma equipe de três marceneiros para desenvolver os projetos que recebe como encomenda. A ele, cabe o contato inicial com os clientes e a administração do negócio. A satisfação com o trabalho concluído continua a mesma dos dias no fundo do quintal de casa. “O que mais gosto de ver é a satisfação do cliente quando produzimos um móvel. Ali a gente vê o sorriso, o brilho nos olhos quando ele diz que ficou melhor do que imaginava. Desta forma a gente acaba participando do sonho do cliente”, comemora.
Poder de criação
Há dez anos na marcenaria, Verônica cresceu vendo os pais transportarem, na Rua do Gasômetro, no tradicional bairro paulistano do Brás, materiais que acabam tendo como destinos marceneiros e marcenarias. Trabalhou ainda como transportadora de móveis. Veio dali a paixão pelo trabalho manual e o desejo de usar a criatividade para transformar. “Sempre quis fazer trabalhos com as mãos”, conta.
“Em toda profissão você realiza alguma coisa, mas poucas te dão tanta satisfação com o resultado como a marcenaria. Quando você faz um móvel, vê ali a realização do seu trabalho, na estrutura do móvel, na funcionalidade, é de fato uma criação. É o poder da criação que a marcenaria me traz”, resume.
Professora de Marcenaria, Verônica é atualmente referência nacional em empreendedorismo feminino. Transformou a paixão pela transformação em profissão e ensina quem compartilha dos mesmos sonhos e vontades a arregaçar as mangas e deixar a criatividade pautar o trabalho. E vê no trabalho de recuperar móveis esquecidos e abandonados não só a possibilidade de dar a eles novas funcionalidades como botar em prática o conceito de sustentabilidade. Não se desperdiça nada; tudo pode ser reaproveitado, ganhar novas características e voltar a fazer os olhos brilharem.