Varejo: queda no desemprego pode ajudar os resultados do ano

Os resultados consolidados do varejo até este momento indicam que o setor ainda sofre com o baixo poder de compra das famílias

Publicado em 19 de outubro de 2022 | 12:49 |Por: Everton Lima

O ano de 2022 está entrando em seu último trimestre e o período é cercado de expectativas para o varejo. Afinal, é nele que ocorrem as principais datas comemorativas do ano, como Black Friday, Natal e, em 2022, a Copa do Mundo.

Outras festividades, como o Dia das Crianças e o feriado do dia de Nossa Senhora Aparecida (12/10) também podem ter impacto nos resultados consolidados das lojas de rua.

Contudo, para o varejo moveleiro o momento é de cautela. O ano de 2022 está sendo marcado por resultados negativos que indicam um segundo semestre desafiador.

Dados da Fecomércio PR mostram que o primeiro semestre deste ano teve números inferiores aos registrados no ano passado. O setor de móveis, decoração e utilidade doméstica do Paraná viu as vendas caírem 4,26% no período.

Isso refletiu na capacidade desse setor de gerar novos empregos: -3,10% de postos de trabalho, na comparação com o primeiro semestre de 2021.

Esse setor só se saiu melhor que o mercado de construção civil, o que indica que o paranaense teve dificuldades para investir em compras mais caras. Setores com ticket médio inferior, como o de calçados, viram as vendas aumentarem significativamente: 23,95%.

Queda no desemprego pode indicar recuperação para varejo de 2022

A taxa de desemprego vem caindo de forma constante desde o início do ano. O percentual de pessoas desempregadas chegou a 8,9% no período que corresponde a junho, julho e agosto. Trata-se do menor percentual registrado desde 2019.

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“A pesquisa PNAD mostra que o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, de 13,2 milhões de pessoas, é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Houve crescimento de 2,8% no trimestre (mais 355 mil pessoas) e de 16% (1,8 milhão de pessoas) no ano. Por outro lado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) aumentou 1,1% e chegou a 36 milhões

Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, mantendo a estabilidade na comparação com o trimestre anterior, enquanto o número de empregados no setor público cresceu 4,1% e chegou a 12,1 milhões”, informa a agência IBGE.

A redução do desemprego pode indicar um aumento no consumo de bens duráveis, mas isso ainda será validado pelos dados do varejo que se apresentarão nos próximos meses.

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