Varejo de móveis e eletrodomésticos cresce 2,2% em novembro

Vendas no varejo de móveis e eletrodomésticos sobe 2,2% de outubro para novembro e também cresce em relação a 2021

Publicado em 11 de janeiro de 2023 | 11:12 |Por: Thiago Rodrigo

O varejo de móveis e eletrodomésticos cresceu 2,2% em novembro comparado a outubro, outro mês positivo após outubro crescer 2,5% em relação a setembro. Em relação a outubro de 2021, o varejo de móveis e eletrodomésticos também teve alta, de 3%.

Mesmo com o resultado positivo por dois meses seguidos, o acumulado do volume de vendas de móveis e eletrodomésticos no varejo é de -7,5% no ano e -8,7% em 12 meses. Apenas a venda de móveis tem queda de -11,1% no ano e -11,5% em 12 meses.

Realidade aumentada na venda de móveis

O crescimento de 3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, por sua vez, não foi positivo para o setor moveleiro, com o valor puxado pelo segmento de eletrodomésticos. As vendas no varejo de móveis registraram diminuição de 8,5%, enquanto eletrodomésticos tiveram alta de 7,8% no comparativo.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE. Os dados de volume de vendas não mostram o segmento de móveis separado de eletrodomésticos na comparação com o mês anterior.

Atividades no Volume de vendas no varejo
MÊS/MÊS ANTERIOR (1)
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
SET OUT NOV SET OUT NOV NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA 1,1 0,3 -0,6 3,2 2,7 1,5 1,1 0,6
4 – Móveis e eletrodomésticos 0,1 2,5 2,2 -6,1 -0,8 3,0 -7,5 -8,7
       4.1 – Móveis -17,8 -15,9 -8,5 -11,1 -11,5
       4.2 – Eletrodomésticos -0,7 6,7 7,8 -6,2 -7,8

Receita nominal do varejo de móveis

Na receita nominal de vendas do comércio varejista e comércio varejista ampliado, o varejo de móveis e eletrodomésticos cresceu 1,8% em relação a outubro.

Em relação ao mesmo mês de 2021, a receita nominal de móveis e eletrodomésticos aumentou 10,1%. Considerando apenas o segmento de móveis no mês de novembro de 2022 x novembro de 2021, registrou-se variação positiva de 4,7%.

Varejo geral

Na passagem de outubro para novembro do ano passado, as vendas no comércio varejista no país recuaram 0,6%. Nessa comparação, é a primeira vez que o varejo fica no campo negativo desde julho de 2022 (-0,2%). Com isso, o setor se encontra 3,6% abaixo do maior nível da série, registrado em novembro de 2020, e 2,6% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro do mesmo ano. No acumulado de janeiro a novembro, o varejo avançou 1,1% e, nos últimos 12 meses, 0,6%. Em relação a novembro de 2021, houve crescimento de 1,5%.

Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, um dos fatores que explicam o resultado negativo do setor de combustíveis é a inflação. “Novembro foi o primeiro mês em que os preços dos combustíveis voltaram a crescer após uma sequência de deflação que se iniciou em julho do ano passado. Isso impactou as receitas das empresas. Outro ponto é que novembro não é um mês de grandes movimentos nos transportes, já que as famílias costumam esperar para viajar em dezembro”, explica.

De acordo com o pesquisador, a Black Friday, que acontece no fim de novembro, não resultou em números muito positivos para o comércio varejista. Uma atividade que costuma ficar mais aquecida no período é a de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que recuou após dois meses de crescimento expressivo.

“Esse desempenho mais fraco da Black Friday contribui fortemente para o resultado negativo do setor varejista em novembro. As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumo”, explica Cristiano.

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