Entrevista de 50 anos da Giben
Fabricante de máquinas celebrou cinco décadas de fundação no Brasil
Publicado em 30 de junho de 2023 | 10:56 |Por: Thiago Rodrigo
Foi em 8 de junho que a fabricante de seccionadoras, fundada em 1967, em Bologna, na Itália, começou a atuar em solo brasileiro. Desde 1973, até a Giben praticamente se tornou sinônimo de seccionadora, algo que pôde ser comprovado desde o início deste século com as onze conquistas de primeiro lugar do Prêmio Top Móbile, como marca mais lembrada na categoria. Em comemoração aos 50 anos de atuação no Brasil, a empresa recebeu 150 clientes de São Paulo, Paraná, Bahia, Fortaleza, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, a Giben mostrou suas tecnologias em máquinas nos dias 12 e 13 de abril com foco na integração dos processos produtivos, entre outras novidades para a indústria moveleira, com o bom número de 15 negócios fechados. Nesta entrevista, o gerente comercial, Ari Valarini, conta como foi o evento, o momento e a transformação da empresa após a entrada da Anderson Group, com a marca fazendo máquinas para todos os processos produtivos da indústria moveleira.
Móbile Fornecedores | Neste 2023, a Giben celebra 50 anos fornecendo máquinas para a indústria moveleira e marcenaria. Qual a relevância desse marco?
Ari Valarini | Tenho como premissa que uma empresa que tem tempo de vida no Brasil, de 50 anos, tem de ser, no mínimo, respeitada. A Giben no mundo tem mais de 70 anos e conseguir passar por todas as tempestades no País, em 50 anos, é para poucos. Agora, com o crescimento que tivemos nos últimos quatro anos é um fato bastante considerável com relação ao cenário. Os investimentos feitos na gama de máquinas que foi implementada, tudo isso mudou a Giben de patamar, principalmente nos últimos quatro, cinco anos.
Fornecedores | Quais foram esses investimentos e como a Giben aumentou sua gama de máquinas a partir deles?
Valarini | Deixamos de ter só aquele olhar para a seccionadora e passamos a ter foco na solução para a indústria moveleira de uma maneira geral. Para atender desde o marceneiro pequeno-médio até grandes corporações. Exemplificando, tenho uma seccionadora que pode cortar uma chapa por vez, com recursos de tecnologia, de integração, de plano de corte, até uma máquina que pode cortar 11 chapas de uma vez para atender um grande produtor de móveis. O mesmo acontece com a parte de colagem, de furação, tudo isso fazemos as integrações dos produtos. Hoje, o centro de furação, que asseguramos que é uma das máquinas mais vendidas do mercado brasileiro em termos de tecnologia e produtividade, tem mais de 200 unidades instaladas no Brasil. É um volume que nos traz muito orgulho em ver a Giben colocada em uma outra posição dentro do mercado brasileiro de móveis. A Flexdrill está na quinta geração dela em menos de três anos, a evolução do equipamento é tamanha que até os clientes tem dificuldade de acompanhar a quantidade de recursos que são implementados ano a ano.
– Revestimento laminado de alta pressão
Fornecedores | Como a Giben sente que é vista no mercado pela indústria moveleira desde a entrada da Anderson Group?
Valarini | Esse evento nos deixou muito confortável com os depoimentos de clientes que estiveram aqui, todos, sem exceção, colocaram a gente em um patamar bastante elevado dentro do mercado brasileiro de máquinas e equipamentos.
Fornecedores | Qual foi o tamanho do crescimento da Giben nos últimos quatro anos?
Valarini | Tivemos um crescimento exponencial. Passamos a dobrar nosso faturamento nos últimos quatro anos a partir do olhar de agregar tipos de máquinas diferentes que possam atender todos os níveis de integração de móveis.
Fornecedores | A Giben está com uma atuação focada na integração das máquinas. Como o mercado tem enxergado isso e como está o desempenho dessa atuação?
Valarini | Quando o tema é software, às vezes, ainda há bastante mistério porque as máquinas têm mudança de tecnologia que o pessoal não entende que o conceito acaba sendo o mesmo de integração. Hoje, eu diria que se comparar à quatro, cinco anos, isso está muito mais fácil e aberto na cabeça das pessoas. Então, não temos hoje nenhuma preocupação em nenhum momento da venda um mistério grande de abranger os softwares.
Fornecedores | Essa integração de máquinas para a produção de móveis ocorre com quais softwares?
Valarini | A Giben procurar trabalhar com softwares abertos. Hoje, integra-se aos equipamentos Giben softwares Promob, WPS, Top Solid. Procuramos sempre deixar que a decisão do software seja do cliente. Abrimos todas as informações necessárias que o próprio fabricante do software tenha. Por exemplo, com o Promob, temos toda a linha Nesting integrada e toda a linha de centro de furação e seccionadoras integradas, há alguns anos. Isso dá muita tranquilidade e passa a liberdade de escolha para o cliente. A liberdade de trabalho de um software que se adeque melhor à empresa dele quem deve decidir é o cliente.
Fornecedores | Quais são as metas e objetivos da Giben? O que pode destacar sobre os planos da empresa para o setor moveleiro?
Valarini | Temos um planejamento estabelecido no ano anterior com meta mensal e anual a ser cumprida. Dentro do planejamento, fechamos o primeiro trimestre acima de 15%, está acima da média que tínhamos estabelecidos como meta. Já temos abril fechado no volume de faturamento estipulado para atingir e temos a expectativa de terminar o ano de forma muita positiva.
Fornecedores | Quanto representa a indústria moveleira e a marcenaria no faturamento da Giben?
Valarini | Não temos apenas a marcenaria e a indústria como clientes, temos um grande cliente que são as lojas de serviços e revendas de maneira geral, que representam 40% das máquinas que colocamos no mercado no Brasil. Não sei informar se somos o maior fabricante de máquinas dentro dessas lojas de serviços, mas somos o maior dentre eles. Sempre fomos forte no fornecimento de máquinas para esse nicho, mas há quatro anos tínhamos 15% a 20% de representação, então dobramos.
Fornecedores | Como é ser uma empresa com tamanha história no Brasil, tendo a participação de uma empresa de quase 80 anos, além do know-how da Anderson Group há alguns anos?
Valarini | É um grande desafio, crescem os clientes, crescem as cobranças, crescem os faturamentos, tudo. Temos procurado um crescimento sustentável que nos deixe confortável a ponto de poder prestar um bom atendimento ao cliente e oferecer máquinas com conhecimento e tecnologia que ajude ao cliente. Poderíamos avançar muito mais, mas temos medo de prejudicar nosso caminho, queremos um caminho bastante sólido e seguro e que deixe nossos clientes confortáveis para, quando chegarem dentro da Giben, serem recebidos da forma que foram aqui [no evento Portas Abertas]. Esse é o nosso objetivo e nossa missão, de tranquilizar o cliente no momento de adquirir um equipamento de uma marca de 50 anos.
Fornecedores | Pessoalmente, como foi acompanhar a evolução da Giben desde quando você está na empresa?
Valarini | Passamos por vários altos e baixos, estou há 22 anos da Giben no Brasil e hoje estamos vivendo o melhor momento de nossa história. O crescimento que foi proporcionado em faturamento e produtos agregados nos últimos quatro anos, nos deixa muito confortáveis em seguir o caminho que trilhamos há quatro, cinco anos. Vamos continuar nesse ritmo e com esse posicionamento de mercado, as expectativas são muito boas.