Produção de móveis cai em setembro
Produção de móveis volta a cair, após crescimento em agosto, enquanto também registra queda em comparação ao mesmo mês de 2022
Publicado em 8 de novembro de 2023 | 12:00 |Por: Thiago Rodrigo
Após crescer 5,1% em agosto, a produção de móveis em setembro de 2023 teve queda de 2,2% comparado ao mês anterior. Em relação com igual período, setembro de 2022, houve queda de 5,4%.
Agora, no acumulado do ano, a produção de móveis registra diminuição de 2,4% em comparação a igual período do ano anterior. Em junho, ao final do primeiro semestre, o acumulado estava em -0,7%, sendo que até maio havia alta de 0,9%.
No acumulado dos últimos 12 meses, registrou-se queda de 4,8% na produção de móveis, um ritmo de diminuição frente aos meses anteriores. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE.
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | |
Mês anterior | 2,6% | 0,2% | -4,3% | 0,3% | -2,2% | -2,4% | -4,6% | 5,1% | -2,2% |
Mesmo mês de 2022 | 9,2% | -0,7 | 4,2% | -2,6% | -5,8% | -7,9% | -9% | -1,4% | -5,4% |
Produção industrial
Em setembro de 2023, a produção industrial nacional variou 0,1% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve alta de 0,6%. O acumulado no ano foi de –0,2% e o acumulado em 12 meses apresentou variação nula (0,0%).
“O resultado de setembro da produção industrial nacional marca o segundo mês seguido de crescimento, mas não altera o comportamento de menor dinamismo que a caracteriza nos últimos meses. Para além disso, no índice desse mês, observa-se predomínio de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos industriais investigados”, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo.
– Sayerlack é soberana em tintas e vernizes
O pesquisador salienta ainda que, mesmo com os dois meses seguidos de resultados positivos, o setor industrial ainda se encontra 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
“Em linhas gerais, taxa de juros elevada, mesmo com o movimento de redução verificado nos últimos meses, nos ajuda a entender esse comportamento do setor industrial, com influência direta sobre as decisões de investimento, por parte das empresas, e de consumo, por parte das famílias. Para além disso, explica o crédito ainda caro e as elevadas taxas de inadimplência”, completa.