Exportações de móveis devem encerrar com baixo desempenho
Exportações de móveis em 2023 diminuem e devem finalizar em queda; veja fatores e causas para o declínio
Publicado em 15 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo
As exportações brasileiras de móveis fecharam o primeiro semestre de 2023 com queda. Nos primeiros seis meses de 2023, houve recuo de 16,2% em comparação ao mesmo período em 2022. Foram exportados um montante superior a US$ 349,2 milhões frente a quase US$ 417,0 milhões no primeiro semestre do ano passado. Em volume, o total acumulado de janeiro a junho de 2023 foi de pouco mais de 9,4 milhões de peças, enquanto em igual período no ano passado havia sido de mais de 11,2 milhões de peças exportadas.
Desse modo, na conclusão de 2023, a estimativa é de que haja queda de 6% em volume e 10% em valores nas exportações de móveis, de acordo com o Iemi – Inteligência de Mercado. Uma série de fatores externos colaboram para o declínio como flutuações cambiais, crescente concorrência internacional e inflação que atinge os mercados importadores do móvel brasileiro.
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“O mercado não está andando bem lá fora, está mais ou menos parado”, aponta Marcelo Prado, diretor do Iemi. O principal importador do móvel brasileiro, os Estados Unidos, representaram US$ 110,6 milhões de janeiro a junho de 2023, contudo, número menor que os US$ 158,1 milhões no mesmo período do ano passado. “Ainda que os Estados Unidos seja bastante resilientes, são o principal mercado-alvo nosso. Temos bastante negócios com a Argentina, países sul-americanos e outros mercados na Europa, mas nenhum deles está performando bem”, assinala Prado.
O Uruguai foi o único país dos dez principais destinos do móvel brasileiro que aumentou consideravelmente a exportação em valores de 2022 para 2023 no período de janeiro a junho – o Paraguai também registrou leve aumento. Os outros países da lista, como Chile, Reino Unido, Peru, Bolívia, França, Porto Rico e Países Baixos, tiveram ligeira ou ampla diminuição em valores.
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