Varejo de móveis e eletros volta a crescer em abril

O varejo de móveis e eletrodomésticos cresceu 2,4% em abril comparado a março após cair 1,9% no mês anterior. Em relação a abril de 2023, o varejo de móveis e eletrodomésticos registrou alta de 8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE.

No acumulado no ano, o resultado que era de 1,8% em relação ao primeiro bimestre de 2023, é de 1,7% no primeiro quadrimestre de 2024. Nos últimos dozes meses, as vendas no varejo até março de 2024 registra alta de 1,9%.

Considerando apenas o varejo de móveis, houve alta de 9,9% em abril comparado ao mesmo mês de 2023. O acumulado do ano registra 1,9%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de -2,4%.

O segmento de eletrodomésticos teve alta de 7,8% comparado a abril de 2023, com acumulado de 2% no ano e de 4,8% nos últimos 12 meses.

Varejo de móveis e eletrodomésticos em 2024

Fonte: IBGE

Receita nominal do varejo de móveis

Na receita nominal, o varejo de móveis e eletrodomésticos subiu 1,9% em abril em relação a março. Em relação ao mesmo mês de 2023, a receita nominal de móveis e eletrodomésticos caiu 6,2%. Considerando apenas o segmento de móveis no mês de abril de 2024 x abril de 2023, registrou-se variação positiva de 11,4%.

Varejo geral

Na passagem de março para abril, as vendas no comércio varejista no país cresceram 0,9%, atingindo o maior patamar da série. Esse foi o quarto resultado positivo seguido do setor, que acumula alta de 4,9% no ano e de 2,7% nos últimos 12 meses. “Esse comportamento de quatro pontos não negativos seguidos também aconteceu no ano passado, entre junho e setembro, mas com amplitudes menores. Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste sazonal, que havia sido em outubro/novembro de 2021”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Das oito atividades pesquisadas, cinco avançaram em abril, com destaque para hiper, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%), que exerceram as principais influências sobre o resultado geral.

Já o setor de móveis e eletrodomésticos (2,4%) voltou ao campo positivo após a queda de 1,9% em março. “Em abril, a trajetória foi distinta para as duas subatividades: enquanto a de eletrodomésticos ficou estável, pendendo para baixo, a de móveis cresceu, o que trouxe o setor para o lado positivo”, analisa Cristiano.

Ele explica que o resultado desse segmento é relacionado a um período desfavorável para as vendas no ano passado. “Em 2023, especialmente no segundo semestre, alguns setores tiveram resultados muito ruins para grandes cadeias, com posterior fechamento de lojas. No início deste ano, estamos observando uma recuperação dessas atividades, inclusive com abertura de novas unidades locais”, destaca.