Agro e ESG: Pode isso, Arnaldo?

Publicado em 9 de maio de 2025 | 14:30

Não só pode, como deve! O agronegócio brasileiro tem um papel fundamental na transição para uma economia mais verde e sustentável. Em um mundo onde a demanda por alimentos cresce exponencialmente e os impactos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, investir em práticas sustentáveis não é apenas uma questão de responsabilidade socioambiental, mas também de inteligência estratégica.

A adoção de princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) pode garantir a longevidade do setor, aumentar sua competitividade global e abrir portas para novos investimentos e mercados. A agricultura regenerativa se destaca como uma solução inovadora para conciliar produtividade com conservação ambiental. Essa abordagem vai além da sustentabilidade tradicional e busca restaurar os ecossistemas, promovendo benefícios tangíveis para o solo, a biodiversidade e o clima. Veja por que a agricultura regenerativa é estratégica:

– Melhora a estrutura e fertilidade do solo, reduzindo a erosão e aumentando a capacidade de retenção de água.

– Favorece a captura e fixação de carbono, contribuindo para a redução dos gases de efeito estufa.

– Reduz a dependência de fertilizantes e defensivos químicos, tornando a produção mais rentável e resiliente.

– Estimula a biodiversidade, criando ecossistemas mais equilibrados e resistentes a pragas e doenças.

O agro do futuro precisa trabalhar pela transição para uma economia de baixo carbono, passando pela valorização de recursos biológicos e pela inovação tecnológica. No setor agropecuário, isso se traduz na adoção de bioinsumos, no manejo sustentável e no uso de tecnologias que minimizam impactos ambientais.

A bioeconomia representa uma oportunidade para agregar valor aos produtos agropecuários, impulsionando a criação de novos mercados e atraindo investimentos voltados para a sustentabilidade. Empresas que adotam essa estratégia conquistam vantagens como:

– Redução de emissões de carbono e melhor posicionamento em mercados regulados.

– Maior valor agregado aos produtos, tornando-os mais atrativos para consumidores conscientes.

– Diversificação de receitas e ampliação de oportunidades de negócio.

A incorporação de critérios ESG já não é uma escolha, mas uma exigência do mercado. Regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas, consumidores mais exigentes e investidores atentos às práticas sustentáveis fazem do ESG um diferencial competitivo essencial. Empresas que estruturam suas operações com base nesses princípios garantem:

– Acesso a financiamentos com condições mais vantajosas.

– Conformidade com legislações ambientais e redução de riscos regulatórios.

– Reputação fortalecida, aumentando a aceitação nos mercados nacional e internacional.

– Eficiência operacional, com redução de custos a longo prazo.

O futuro do agronegócio brasileiro passa pela adoção de práticas regenerativas e sustentáveis. Empresas que se antecipam a essa realidade saem na frente e garantem sua perenidade. A pergunta que você que possui um cargo de liderança deve se fazer é: Como a sua empresa está se preparando para essa transformação?

O conteúdo dos textos das colunas do Portal são de inteira responsabilidade dos seus autores originais

Bira Miranda

Publicitário, especialista em ESG com cursos no United Nations System Staff College e na EDX - Solve - Mit (Massachusetts Institute of Technology). Fundador e Líder de Estratégia na YPY Consulting - Consultoria em Sustentabilidade e Presidente da Associação de Assistência e Desenvolvimento Humano DaRua (Entidade dedicada a acolher pessoas em situação de rua em SP). linkedin.com/in/biramiranda

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