Abimóvel reitera inclusão de móveis no MCMV

Abimóvel reiterou ao ministro das Cidades a inclusão de móveis no financiamento do MCMV; entidade esteve reunida com Jader Barbalho Filho e representantes do Planalto

Publicado em 19 de maio de 2025 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Irineu Munhoz, e a diretora-executiva Cândida Cervieri, estiveram no final de abril de 2025, com o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, e representantes do Palácio do Planalto para tratar de pauta relevante para o setor moveleiro nacional: a inclusão de móveis no escopo de financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida.

A proposta visa permitir que famílias beneficiárias do programa possam utilizar parte do financiamento habitacional também para mobiliar suas residências. A medida, que já teve precedentes na década passada, como o programa “Minha Casa Melhor”, durante o “governo Dilma 1”, é vista como essencial para garantir a dignidade, o conforto e a funcionalidade das novas moradias entregues pelo governo.

“Uma casa só se torna verdadeiramente um lar quando oferece estrutura para o cotidiano. A mobília não é um item supérfluo, mas sim parte fundamental da qualidade de vida. Nossa proposta busca dar dignidade às famílias e, ao mesmo tempo, fortalecer a economia nacional com geração de empregos e valorização da indústria brasileira”, destacou o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.

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A demanda ocorre em um contexto de expansão do Minha Casa, Minha Vida. Relançado oficialmente em 2023 pelo “governo Lula 3”, o programa retomou seu foco em famílias de baixa renda, com subsídios de até 95% e previsão de entrega de 2 milhões de unidades até 2026 — meta revisada para 3 milhões após o adiantamento das 2,5 milhões de moradias já atingidas até abril de 2025. Neste ano, o programa também anunciou a criação da Faixa 4, ampliando o teto de renda para famílias de até R$ 12 mil mensais, o que deve alcançar mais 120 mil famílias.

Em ofício entregue ao ministro e ao Planalto, a Abimóvel propôs que o mobiliário seja incorporado ao financiamento habitacional, com critérios adicionais que levem em consideração não apenas a renda familiar, mas também a sua composição, vulnerabilidades sociais e impactos de catástrofes climáticas como as ocorridas no Rio Grande do Sul, Acre, São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras. A sugestão da entidade se apoia em múltiplos fatores:

– Bem-estar e estrutura das famílias: móveis adequados promovem conforto, saúde física e emocional, e favorecem o desenvolvimento dos lares beneficiados;
– Valorização do imóvel entregue: ambientes bem estruturados agregam valor e funcionalidade às unidades habitacionais;
– Fomento à indústria nacional: com a ampliação da demanda, milhares de indústrias moveleiras — especialmente micro e pequenas — poderão gerar empregos e girar a economia local e regional;
– Descentralização da economia: o acesso ao crédito para móveis fortalece o comércio e a produção em diversas regiões do país;
– Apoio à nova política industrial brasileira: a proposta se alinha à agenda do Complexo Econômico-Industrial da Casa e Construção, ao qual a indústria moveleira está diretamente conectada.

Com a proposta seguindo agora para análise dos setores responsáveis, a Abimóvel reiterou seu compromisso em trabalhar com o Governo, sistema financeiro e demais órgãos envolvidos, colocando-se à disposição com dados técnicos complementares que possam embasar a viabilidade da ação.

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