Varejo de móveis e eletros cai em junho
Vendas no varejo de móveis e eletrodomésticos caiu em junho de 2025, ao passo que registrou leve queda em relação ao mesmo mês de 2024
Publicado em 20 de agosto de 2025 | 11:45 |Por: Thiago Rodrigo

O varejo de móveis e eletrodomésticos caiu 1,2% em junho de 2025, comparado a maio. Em relação a junho de 2024, o varejo de móveis e eletrodomésticos registrou queda de 0,4%. No acumulado no ano, agora as vendas somam 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE.
A variação de -0,4% nas vendas frente a junho de 2024, é o primeiro resultado no campo negativo desde setembro de 2024 (-0,2%). Em relação ao acumulado no ano até junho, ao passar de 4,9% até maio para 4% no primeiro semestre de 2025, a atividade mostra desaceleração no ritmo de crescimento. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, o cenário também é de desaceleração: 5,4% até maio para 4,8% até junho de 2025.
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | |
Mês anterior | -1,7% | 0,9% | -0,4% | -0,3% | 2% | -1,2% | ||||||
Mesmo mês de 2024 | 4,8% | 9,3% | 3,3% | 0,7% | 7% | -0,4% |
Varejo geral
As vendas no comércio varejista no país variaram -0,1% na passagem de maio para junho, mantendo o índice no campo da estabilidade pelo terceiro mês consecutivo, após registrarem -0,4% em maio e -0,3% em abril. Com isso, a média móvel foi de -0,3% no trimestre encerrado em junho. Já o acumulado no primeiro semestre do ano fechou em 1,8% e, nos últimos 12 meses, o ganho foi de 2,7%. Na comparação com junho de 2024, houve alta de 0,3% no volume de vendas. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 2,5% em junho e o primeiro semestre fechou em 0,5%.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa, aponta que essa é uma estabilidade com viés de baixa, pois os três resultados combinados já dão uma distância de -0,8% em relação a março, quando houve a última alta. “No entanto, março foi justamente o fim de um período que levou ao patamar recorde da série histórica do Índice de Base Fixa. Portanto, um dos fatores para essa queda combinada dos últimos três meses é a base alta de comparação. Outros fatores que também influenciam são a retração do crédito e a resiliência da inflação, no primeiro semestre, em itens-chave, como a alimentação no domicílio”, explica.