Impress Decor Brasil completa 25 anos

Em 2025, a Impress Decor Brasil celebra 25 anos de trajetória, um marco que vai além do tempo e se incorpora à própria história da indústria moveleira no país. Desde que iniciou suas operações em Araucária (PR), em setembro de 2000, a companhia foi decisiva para transformar a forma como móveis brasileiros passaram a ser produzidos, acompanhando a expansão do MDF, nacionalizando a fabricação de papéis decorativos e trazendo ao mercado novas estéticas, tecnologias e formas de se relacionar com clientes, colaboradores e parceiros.

No final dos anos 1990, a economia brasileira vivia um momento de estabilidade após a consolidação do Plano Real, estimulando uma demanda crescente por móveis mais sofisticados. Nesse contexto, a produção local de papéis decorativos ainda era incipiente e dependia de importações. Foi nesse cenário que a empresa escolheu o Brasil para expandir sua atuação, enxergando na região de Araucária um polo estratégico, próximo da nascente indústria de MDF e beneficiado pelo progresso econômico que acompanhava o fortalecimento da indústria automobilística.

“Quando a empresa começou a operar aqui em 2000, a categoria estava em plena evolução. O segmento de MDF ainda estava começando, e foi justamente nesse momento que chegamos para dar um novo impulso à indústria. Nossa missão era nacionalizar a fabricação e, ao mesmo tempo, acompanhar a revolução que o MDF traria para o setor moveleiro”, relembra João Martinez, ex-diretor e hoje consultor da empresa.

O início foi modesto, com apenas uma máquina de impressão. Já no ano seguinte, a companhia investiu na BabyLine, um equipamento laboratorial que possibilitou criar amostras e ajustar cores de maneira ágil, oferecendo aos clientes flexibilidade e personalização inéditas. A empresa foi determinante para popularizar o papel melamínico de baixa pressão (BP), mais resistente e versátil do que o Finish Foil (FF), tornando-se o revestimento dominante no país. “Fomos os responsáveis por trazer o BP de uma forma mais acessível. Isso não apenas inovou o design, mas também ajudou a indústria nacional a se destacar, oferecendo uma alternativa de qualidade e competitividade”, afirma Martinez.

A partir de 2006, a unidade brasileira passou por ciclos constantes de crescimento, recebendo duas novas linhas de impressão entre 2008 e 2011, além de duas linhas de impregnação em 2012 e 2014. Essa expansão acompanhava a demanda crescente e o amadurecimento do setor moveleiro, que ganhava competitividade frente a mercados internacionais. Para Marciel Nogaroto, diretor-geral, a presença da empresa foi decisiva:

“A Impress foi fundamental para o crescimento do mercado de MDF no Brasil. Nossa entrada e a nacionalização dos papéis decorativos ajudaram a acelerar a adoção do MDF, que se consolidou rapidamente. Hoje olhamos para trás com orgulho do que construímos e para frente com a certeza de que ainda temos muito a contribuir”.

– Painéis de madeira ajudam a combater o barulho

Foi em Araucária que surgiu a prática de imprimir amostras digitais diretamente no papel de produção, uma inovação que eliminou limitações do papel fotográfico e reduziu a distância entre protótipo e produto. Hoje a planta brasileira é uma plataforma industrial altamente automatizada. Em 2017, a aquisição de espectrofotômetros industriais permitiu laudos técnicos com base em padrões de referência e tolerâncias mensuráveis, substituindo controles exclusivamente visuais.

Em 2024, a inauguração da linha de impressão K3 elevou em 30% a capacidade instalada, com ganhos em flexibilidade e rastreabilidade de dados. Atualmente, a unidade opera sete linhas, entre impressão, impregnação e acabamento, mais a Lab, todas integradas por sistemas digitais de coleta de dados que permitem ajustes em tempo real e rastreamento completo das variáveis produtivas. “Hoje temos máquinas calibradas digitalmente, sensores, algoritmos de correção e sistemas de perda zero”, resume Raphael Bueno, diretor industrial.

Do ponto de vista do design, os últimos anos consolidaram o protagonismo da unidade brasileira dentro do grupo. “O ponto de partida do nosso trabalho está na observação atenta do comportamento de consumo. O nosso design vai além da estética: ele traduz sentimentos e cria conexões afetivas com o consumidor”, explica Jessica Hori, gerente de produto e marketing.

Desde 2018, a unidade brasileira lança anualmente a Cor do Ano, uma tonalidade que reflete transformações culturais e sociais além de tendências estéticas. Essa relevância é reconhecida pelo grupo. Para Sascha Kostros, head global de design e marketing, o Brasil ocupa um papel fundamental na estratégia criativa internacional: “O Design Center brasileiro reforça nosso compromisso de integrar ainda mais a operação local ao ecossistema global. O Brasil é um polo de talentos e inovação, e isso já se reflete nos resultados que vemos no grupo”.

A cultura corporativa acompanhou e sustentou todos esses avanços. Desde o início, a empresa apostou na formação interna de profissionais e em um ambiente de trabalho colaborativo, que favoreceu a permanência de talentos por mais de duas décadas. “Nós buscamos resultados por meio das pessoas. Essa é a essência da nossa cultura: um ambiente de trabalho amistoso, acolhedor e com comunicação aberta. As pessoas chegam aqui e já se sentem à vontade. Não existe barreira com a diretoria, todos são acessíveis”, explica Lady Faeda, gerente de Recursos Humanos. O resultado foi a conquista do selo GPTW – Great Place to Work, reconhecimento que a empresa mantém anualmente desde então.

Com 25 anos de presença no Brasil, a Impress Decor é hoje muito mais do que uma produtora de papéis decorativos. É uma empresa que moldou o setor moveleiro, ajudou a consolidar o MDF, criou uma cultura de cuidado e inovação e se transformou em referência técnica e criativa dentro do grupo internacional. Para Marciel Nogaroto, esse é apenas o começo: “Nossa história é feita de pessoas, tecnologia e inovação. Chegar até aqui é motivo de orgulho, mas o que nos move é olhar para frente, para os próximos 25 anos, com o mesmo espírito pioneiro que marcou a nossa chegada em 2000”.