Como anda sua eficácia operacional no chão de fábrica?

Passado o boom de vendas da pandemia (aparentemente), voltamos os olhos para a eficácia operacional. Resumindo: Como anda nossa produtividade?

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 | 11:30

Passado o boom de vendas da pandemia (aparentemente), voltamos os olhos para a eficácia operacional. Resumindo: Como anda nossa produtividade? Estamos realmente utilizando/ocupando os recursos? Por quais motivos os processos são interrompidos? No cenário atual (quedas nas vendas), nossa fábrica é competitiva?

Esses questionamentos voltaram a fazer parte do dia a dia da maioria das empresas. Passada a euforia das vendas e o desespero pela falta de matéria-prima, parece que pelo menos por enquanto, a força novamente volta para o lado dos lojistas, que já não aceitam mais altas de preço, atraso nas entregas, enfim, ineficiência operacional.

Nos últimos meses, no dia a dia da consultoria, os industriais voltaram a focar na eficácia das sua fábricas, pois as vendas caíram e os estoques subiram. Nesse cenário, o controle dos custos e despesas fixas, passaram a subir proporcionalmente com a queda do faturamento. Assim, o desempenho industrial passa a ser olhado com outros olhos.

Mas como saber se a indústria está conseguindo obter a performance necessária ou a qual foi projetada?

Existem algumas maneiras de fazer isso. A mais antiga é aquela onde todos os processos são apontados, tabulados e transformados em dados para a gestão da produção. Parece meio arcaico, mas infelizmente, boa parte (para não dizer grande parte) das indústrias nem isso tem! Ou se tem, são pouco confiáveis ou utilizados de maneira incorreta.

Informações cruciais para o gerenciamento da produção e do processo, como produtividade, tempo trabalho e motivos de paradas, acabam sendo negligenciadas. E quando questionamos sobre o planejamento e programação da produção, são categóricos em dizer que possuem. Mas quando pedimos para ver a programação, vemos que ainda confundem a necessidade de produção com a programação. Nada mais é do que um documento dizendo quais produtos precisam ser feitos! A sequência de produção, máquina a máquina, processo a processo, com tempos estimados, ainda é lenda.

Fica claro que nesse cenário, saber se a fábrica está tendo um bom desempenho é quase impossível.

Mas também existem outras maneiras automatizadas na qual fábricas que contam com sistemas de apontamento de processos automatizados (MES), softwares de programação finita (para programação da produção), sistemas para gestão de depósitos (WMS), já despontam invariavelmente como líders nos seus mercados de atuação.

É certo que essas empresas têm uma resposta muito mais rápida e certeira quando falamos sobre performance industrial. Afinal de contas, em um clique é possível saber o que está sendo feito, onde, em quanto tempo, e se está dentro de uma meta preestabelecida. Isso será assunto nos próximos textos da coluna.

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Vasco Martins

Diretor da SV Martins & Cia Ltda. Experiência na atuação em mais de 200 empresas moveleiras como consultor empresarial, gestor de projetos e membro de conselho. Durante a vivência na consultoria teve a oportunidade de trabalhar em empresas de todos os portes, de norte a sul do Brasil. Nesses trabalhos atuou e implantou projetos nas áreas de Planejamento, Produtividade, Organização Sistemas e Métodos (OS&M), Custos e Precificação, Layout, Desenvolvimento de novos Processos, Supply Chain. Com formação em Engenharia Mecânica (UNESP), mestrado em Gestão de Estratégias (UNAM -AR), Design (SPD Milano - IT), e Especialização em Engenharia de Produção (UNESP).

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