Quando foi que o mundo parou?

Publicado em 25 de março de 2020 | 10:43

Diante da atual situação que estamos vivendo no mundo todo, as perguntas são muitas, as respostas pouquíssimas e as opiniões se divergem.

A verdade é que hoje não existe mais divisão entre grandes ou pequenas empresas. Nesse momento, todas as empresas estão iguais. Os grandes líderes estão passando pelas mesmas inseguranças que os pequenos empreendedores. Eu acredito que nesse momento todos estão atônitos em busca de respostas concretas.

Chamo atenção para um tema que muito se é debatido: o canal online. O online nunca esteve tão presente na vida das pessoas como nesses últimos dias. Qual o meio de comunicação que mais estamos usando neste momento? Nunca foram feitas tantas reuniões via internet, já que o presencial não nos é permitido no momento. Estamos num isolamento em que a necessidade de estarmos presentes e participantes se faz ainda mais importante.

Reuniões, videoconferências, trabalho home office e por aí vai. Fora se formos falar dos meios de comunicação por mensagens e redes sociais. No momento em que precisamos nos isolar, até pela nossa saúde mental, as redes sociais ganham espaço para nos dar a sensação de que não estamos sozinhos. Interagindo uns com os outros ficou mais fácil e menos solitário passar por tudo isso.

Você já se fez a pergunta: e se estivéssemos trancados em nossas casas sem nenhuma possibilidade de interagir com o mundo exterior? Melhor nem pensar, né?

Mas voltando para o mundo corporativo, estamos recebendo, diariamente, de fontes oficiais informações importantíssimas que nos mantêm atualizados sobre as decisões que estão sendo tomadas e que impactam na economia e diretamente em nossas vidas. Aqui vale ressaltar que, além das informações de fontes confiáveis, temos que lidar também com as fake news, por isso, o discernimento na propagação de notícias deve ser de forma consciente e responsável, principalmente nesse momento de incertezas.

Como empreendedor, é possível ver algum caminho em meio a este caos econômico que já está instalado?

O que as empresas estão fazendo e vislumbrando como oportunidade no mundo online? Como estamos colocando nosso produto nessa vitrine virtual? O momento é delicado, porque não podemos deixar de nos sensibilizar com o desespero atual, mas podemos oferecer para nossos clientes soluções de acesso a produtos e serviços sem que se exponham tanto, que é a grande necessidade do momento. As pessoas precisam se fazer presentes, mas não podem estar presentes.

O mercado que você compra está entregando a mercadoria através da lista que você passou pelo aplicativo? A farmácia está levando até você o medicamento que antes você saia para buscar? Os médicos estão aceitando realizar consultas online e muitas vezes indicando isso para seus pacientes? O mundo precisa mudar e está mudando. Nesse momento não é mais uma escolha e sim uma necessidade para manter-se no páreo.

A Móbile, que está no mercado editorial há 40 anos, pela primeira vez não estará com suas edições impressas sendo distribuídas, devido a impossibilidade de impressão e entrega no momento atual. Nossas edições serão publicadas somente nas plataformas digitais. Tudo isso vai passar e as formas de explorar os meios de comunicação online também mudarão! Quando tudo isso passar, alguns permanecerão como estão e outros voltarão ao modelo anterior de alguns dias atrás? Eu penso que, muitos permanecerão ou se transformarão. E quem estiver disposto a investir em novos métodos de atendimento terá aí uma grande oportunidade, pois terá aprendido, a duras penas, como se faz.

Essa coluna teve muitas perguntas. As respostas teremos ao longo de nossas vidas daqui para a frente. As perguntas deixam o campo aberto para que possamos descobrir e redescobrir novas soluções. A partir de agora, sairemos da zona de conforto porque ficamos diante de uma situação que nos fez parar e ao mesmo tempo não nos permitiu acomodar.

Mas a humanidade tem agora uma oportunidade de se redescobrir e se reinventar. Eu acredito que daqui para frente seremos seres humanos bem melhores. E você, já parou para refletir e planejar quais serão os próximos passos depois que tudo isso se acalmar?

 

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