Versatilidade é diferencial nos mobiliários do Prêmio de Design Movelpar

A versatilidade do mobiliário para a adaptação de espaços reduzidos e compartilhados, e a necessidade de flexibilidade de uso do mesmo produto para diferentes funções permearam a criação dos protótipos criados para a primeira edição do Prêmio de Design Movelpar. As peças expostas na feira de móveis no polo moveleiro de  Arapongas, aponta rumos para inovação no que tange à competitividade dos produtos em um mercado cada dia mais exigente.

Os produtos também se destacaram pela sustentabilidade como o uso de apara de madeira e pela estética com o uso de cores e acabamentos que conferem beleza ao mobiliário. Um exemplo dessa técnica foi a utilizada pela Poquema Móveis, de Arapongas (PR), que foi premiada em quatro modalidades na categoria médias e grandes empresas, que construiu um raciocínio de linha, criando uma família de produtos a partir de aparas de madeira como matéria-prima.

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Móveis para sala de estar da Poquema

“A construção dos móveis partiu da descoberta que boa parte do nosso resíduo industrial poderia ser utilizado em nossos produtos, e em todos os ambientes da casa. O design é fundamental e nos deu capacidade de desenvolver um produto sustentável”, afirmou o é diretor comercial da Poquema Móveis, Marco Antonio Colizani.

Versatilidade do mobiliário

Funcionário da Caemmun Moveleria, Anderson Moreira Silventi, conta que a versatilidade do mobiliário foi foco no produto. A empresa foi premiada em três modalidades da mesma categoria. “No desenvolvimento do móvel prezamos bastante o benefício do consumidor final. A multifuncionalidade e a capacidade de satisfação na aquisição de um móvel que consegue se destacar em mais de um ambiente foi nossa busca”.

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Móveis corporativos e de escritório da Caemmun Moveleria

Head de marketing da empresa Colormarq, de Araçatuba (SP), Kelly Costa, que também conquistou premiação na mesma categoria, salientou que o prêmio mostra uma evolução do que vai chegar até o público. “Trabalhamos nos móveis por mais de um ano e meio, período em que conhecemos o consumidor em profundidade. O comportamento de consumo está diferente, por isso, modificar e inovar os móveis foi o foco. A base principal para o desenvolvimento foi entender o que estava bom, o que precisava ser mudado e o que precisava ser descartado nos produtos”, salientou.

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Móveis de cozinha da Colormaq

O representante da Molufan, outra empresa de Arapongas premiada em médias e grandes empresas, Fabricio Crepaldi Moura, relatou como foi pensada a construção do protótipo para o prêmio e para a versatilidade do mobiliário. “A primeira ideia foi desenvolver um móvel que atendesse o público da Airbnb (empresa global que auxilia no aluguel para viagens), por ser uma fatia em crescimento do mercado. O móvel multifuncional é necessário pela necessidade de espaço, com a criação de diferentes ambientes com apenas um mobiliário”.

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Móveis para sala da Molufan

APL de móveis

Na categoria Sebrae/APL de Móveis a marca Carppem Móveis de Sabáudia (PR), ficou com o primeiro lugar com o produto “Cajú”, um aparador multiuso (foto de destaque). O representante da empresa, Pedro Brazano Barros de Carvalho, comentou que a construção do produto foi realizado junto com os alunos do curso de arquitetura da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

“A proposta era fazer toda uma linha focada não apenas em um critério, inovação, design, sustentabilidade, mas extrair ao máximo de cada aspecto. Nosso maior destaque foi a funcionalidade, não como uma maneira óbvia, e sim trazendo surpresas para o comprador, com inovações que a indústria não faz usualmente. A adaptação foi interessante, porque como empresa tivemos que desenvolver novos encaixes, novos acabamentos, novas matérias-primas, trazendo ótimas ideias para o futuro”, afirma.

– Lojistas visitantes comentam sobre produtos expostos na Movelpar 2019

O curador técnico do Prêmio, Marcos Batista, ressaltou a maneira como o Sebrae conduz a importância do design como estratégia nas indústrias de pequeno e médio negócio. ”Esse prêmio é sobre aprendizagem. O aprender, o fazer e o compartilhar é o essencial e isso aconteceu no espaço Sebrae, onde os participantes trouxeram a visão dos alunos de arquitetura e design com a necessidade e prioridade de produção e de negócio de uma empresa.”

A curadoria do prêmio também foi realizada pela jornalista Mônica Barbosa e o júri formado pelo designer Paulo Alves, especialista no uso da madeira, pela jornalista especialista em arquitetura, urbanismo e design Lívia Pedreira e pelo designer, professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie Ivo Eduardo Pons, arquiteto,

O julgamento foi realizado com base nos critérios de inovação e produção (grau de inovação e viabilidade de produção), funcionalidade (usabilidade e ergonomia), estética (apelo emocional e ambientação) e sustentabilidade e responsabilidade (uso consciente de recursos).

(com informações de assessoria)