A falta de investimentos em tecnologia causa queda na produção industrial
Falta de competitividade da indústria nacional recai pela pouca digitalização do setor
Publicado em 28 de junho de 2019 | 10:00 |Por: Larissa Bartoski de Sena
A falta de investimentos em tecnologia está por trás da queda na produção industrial. Setor recuou 1,3% em março, pior resultado desde setembro de 2018. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 6,1%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com este resultado, o patamar de produção da indústria brasileira segue 17,6% abaixo de seu ponto mais alto, alcançado maio de 2011.
Além da clara perda de ritmo e maior fragilidade da economia, a projeção do PIB para 2019 caiu pela 11ª vez consecutiva. De acordo com dados do Boletim Focus, o crescimento estimado é de 1,45%. Entretanto, na última semana, a expectativa era 1,49%.
Na visão do especialista na área da Cigam, Alexandre Weisheimer, falta de investimentos em tecnologia é um dos principais fatores. Isto é, este comportamento, sobretudo, corrobora para produção industrial perder cada vez mais seu fôlego. A Cigam é fornecedora de software de gestão empresarial (Erp, Crm, Rh, Pdv e Mobile).
“A perda de competitividade em relação aos países que competem diretamente com o Brasil é cada vez maior”, afirma Weisheimer. “Estamos passando por um período de agressiva transformação digital e o principal sintoma desta falta de infraestrutura em TI é a queda de produtividade.”
Falta de investimento em tecnologia
A indústria precisa de investimentos urgentes em tecnologia.
De acordo com o mais recente levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais da metade da indústria brasileira está atrasada na corrida tecnológica. A pesquisa revela que 14 dos 24 segmentos do setor estão defasados em relação aos rivais globais na adoção de tecnologias digitais.
“Não é só uma questão de incentivos do governo ou desoneração fiscal, que também é importante, claro. Será necessário um redesenho estratégico em conjunto por parte dos players. Sem investimentos consistentes em tecnologia, de fato, está em risco a sobrevivência do setor industrial”, alerta Weisheimer.
O especialista ainda conta que há muito o que ser explorado em tecnologia. Como por exemplo, robôs autônomos, sistemas integrados, cibersegurança, computação em nuvem, internet das coisas, produtos diversos, impressão 3D, realidade aumentada e big data.
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“Ferramentas inovadoras estão disponíveis no mercado. Além disso, muitas delas são acessíveis até mesmo para o pequeno empresário. Com planejamento e bons fornecedores é possível remodelar processos. Desta forma, é possível aumentar a produtividade das companhias com investimentos que cabem dentro do orçamento”, finaliza Weisheimer.
(com informações de assessoria)