Entidades apontam objetivos e planos de ações para a indústria de colchões
Abicol e Iner buscam o associativismo, representatividade e regulamentação da indústria de colchões
Publicado em 14 de março de 2018 | 17:23 |Por:
A indústria de colchões conta com duas entidades que trabalham diariamente para o crescimento das fabricantes e atuam defendendo os delas, assim como auxiliam na regulamentação da produção de colchões e em diversas outras frentes. A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) e o Instituto Nacional de Estudos do Repouso (Iner) são autoridades no que tange a indústria colchoeira.
O presidente da Abicol, Alexandre Prates Pereira, assinala que, o que as empresas buscam com o associativismo, tem muito a ver com o estágio que alcançaram no mercado e também com as necessidades impostas no momento. “Isso significa que o que é benefício para alguns não tem o mesmo significado para outros. A importância da Abicol é mais reconhecida quanto maior for a maturidade da gestão de cada indústria”, destaca.
Segundo ele, foi-se o tempo que uma associação era sinônimo literal de “clube de descontos”. “Hoje, as empresas são muito mais exigentes, buscam informações fidedignas, acesso a experiências dos líderes do mercado, inspiração das melhores práticas, respeito dos órgãos públicos e reconhecimento dos consumidores. A Abicol proporciona isso”, garante o presidente da entidade criada em 2012.
Os objetivos da associação são vários, como representar os associados nas demandas deliberadas em assembleia, defendendo os interesses de fabricantes de colchões perante instituições públicas e privadas; colaborar com o estado e articular com associações setoriais pertinentes na busca de soluções para questões que afetam ou possam afetar o setor colchoeiro, a ordem econômica e ou a competitividade industrial. Assim como realizar seminários, congressos, pesquisas e estudos setoriais de interesse do setor colchoeiro, proporcionando efetivo desenvolvimento.
Iner e a indústria de colchões
A relação do Iner com a indústria de colchões já vem de longa data. A entidade foi criada em 1984 como instituição sem fins lucrativos tendo como objetivo regulamentar o mercado de colchões de espuma e oferecer ao consumidor um produto com garantia de qualidade.
Foi o Iner que desenvolveu a primeira norma técnica para a fabricação de colchões de espuma no Brasil e criou, por meio de pesquisas médicas, a Tabela de Biotipo, para indicar o colchão de espuma adequado para cada indivíduo, considerando a relação peso e altura.
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Em 2004, projetou a primeira norma técnica para colchões de molas e, em 2011, passou a certificar também estofados e travesseiros. “Nós participamos ativamente da criação da Abicol em 2012 e da criação das normas ABNT em 2014-2015, ajudando na normatização do mercado sempre com foco na melhoria da qualidade”, assinala a diretora executiva do Iner, Fabiana Blanco Manzano.
Por fim, de olho no melhor desempenho do colchão no varejo, o Iner desenvolveu em 2014, um programa de treinamento para formação de lojistas e gerente de lojas com o objetivo de qualificar toda a cadeia produtiva e capacitar os profissionais propiciando um atendimento de qualidade ao consumidor. Mais de 4 mil vendedores e lojistas foram capacitados pelo curso.
Para garantir o cumprimento das normas e a qualidade dos colchões que chegavam ao consumidor final, criou o Certificado Pró-Espuma Qualidade em 1996, baseado em um programa de auditorias de qualidade e fiscalização mensal, em parceria com o Senai. Atualmente, apenas cinco fabricantes de colchões são autorizadas a utilizar o certificado. Americanflex, Castor, FA Colchões, Luckspuma e Orthocrin.
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“Essas empresas seguem as normas de qualidade do programa Pró-Espuma e são auditadas mensalmente para garantir a qualidade ao nosso consumidor. Os produtos com certificado Pró-Espuma, além da fiscalização constante, seguem normas com padrões mais rigorosos que das normas ABNT, do Inmetro, e isso garante a exclusividade e superioridade dos produtos”, explica Fabiana. O Iner já colocou no mercado mais de 30 milhões de colchões com o certificado Pró-Espuma.
Objetivos e planos de ações
Neste ano, a diretora executiva aponta que o Iner pretende investir mais na comunicação com lojistas e vendedores para melhorar o conhecimento sobre o programa Pró-Espuma. “Além disso, temos planos de revitalização dos treinamentos para melhor formação destes profissionais”, salienta.
Segundo Fabiana, a compra do colchão ainda é muito influenciada pelo lojista/vendedor e se esse profissional não estiver bem capacitado para entender as diferenças dos produtos e a adequação para cada biotipo, o consumidor pode acabar fazendo uma compra inadequada.
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O Iner também está investindo nas mídias sociais e canais de vídeo para falar diretamente com os consumidores, aumentando o conhecimento para ajudar a reconhecer os produtos de qualidade. “Nosso novo site foi lançado no ano passado (www.proespuma.org.br) e este ano vamos começar nosso canal no YouTube”, destaca Fabiana.
Além das ações voltadas ao instituto, o Iner também foca na continuação do trabalho junto aos órgãos reguladores de mercado, como ABNT e Inmetro. “Temos um trabalho conjunto, de suporte e troca de informações técnicas, sempre focando no melhor para o mercado de colchões brasileiro”, define.