Acordo de livre comércio entre Mercosul e UE pode aumentar exportação de móveis

Se for concretizado pode haver alta de 20% nas exportações de móveis brasileiros

Publicado em 2 de agosto de 2019 | 17:37 |Por: Larissa Bartoski de Sena

O acordo de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia gera grande expectativa para o setor, afinal, cerca de 15% do valor exportado em móveis pelo Rio Grande do Sul em 2018 foi destinado a UE. Além disso, se concretizado, o setor de móveis brasileiros prevê alta de 20% nas exportações anuais para o velho continente.

“Atualmente, as exportações dessa categoria de produtos brasileiros para a Europa ocorre sob uma taxa de 25%. Acreditamos que, após a aprovação das autoridades de ambos os blocos, o aumento de fato das vendas externas para a Europa ocorra em três anos”, afirmou a presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Maristela Longhi.

Acordo de livre comércio

O acordo de livre comércio entre Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e Venezuela, que está suspensa) e a União Europeia anunciado na sexta-feira, 28 de junho, eliminará as tarifas de importação para mais de 90% dos produtos comercializados entre os dois blocos.

Para os produtos que não terão as tarifas eliminadas, serão aplicadas cotas preferenciais de importação com tarifas reduzidas. O processo de eliminação de tarifas varia de acordo com cada produto. Que, por sua vez, devem levar até 15 anos para total implementação. A data é contados a partir da entrada da parceria intercontinental.

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Conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o acordo reduz de 17% para zero as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico.

Maristela Longhi, também explica que em 2017, dos R$ 553 milhões de móveis exportados, cerca de R$ 121 milhões foram destinados à União Europeia. No ano passado, dos R$ 633 milhões exportados, cerca de R$ 126 milhões foram encomendas europeias.

“As categorias de móveis que apresentam maior demanda para esses países são linhas de mobiliário de madeira para cozinha, salas de jantar e também de estar. Existe a tendência para que a indústria brasileira comece a produzir produtos mais compatíveis com o mercado europeu, que geralmente têm itens mais ‘arrojados’”, comentou.

(com informações de assessoria)

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