Catas realiza serviço de avaliação do ciclo de vida do mobiliário
A Catas, entidade italiana que realiza ensaios da indústria moveleira, passa a realizar avaliação do ciclo de vida do mobiliário
Publicado em 10 de novembro de 2020 | 11:31 |Por: Thiago Rodrigo
O termo “sustentabilidade” está se tornando cada vez mais um objetivo primordial de toda atividade humana e até o desenvolvimento do vasto mundo do mobiliário há muito se mede sobre essa questão, em todas as suas implicações. Não há dúvida de que a relação diferenciada entre atividade econômica e meio ambiente é uma prioridade absoluta a que governos e consumidores dão cada vez mais importância, gerando uma necessidade de conhecimentos e fundamentos que tem levado a Catas a se equipar para apoiar empresas também nos processos de “análise e design ecológicos” e na avaliação do ciclo de vida do mobiliário.
Infelizmente, no entanto, muitas vezes se declara uma “paixão ecológica”, mas sem entrar em detalhes, sem saber quanto um produto “custa” para o meio ambiente não só pelo impacto do processo produtivo, mas por toda a sua vida, enquanto for ser usado até o descarte.
Agora, as ferramentas para dar objetividade a tudo isso estão aí: há anos o Catas fala em “LCA-Life Cycle Assessment” ou avaliação do ciclo de vida, um método que avalia o impacto que um carro, um edifício, mas também uma cadeira ou uma cozinha terá sobre o planeta.
O primeiro ponto é entender como um produto será utilizado e por quanto tempo cumprirá sua função, calculando não só os recursos necessários para sua realização, mas como seu uso afetará o meio ambiente e o homem em termos de aquecimento global, acidificação, eutrofização, destruição da camada de ozônio, toxicidade humana, uso da terra, ecotoxicidade … por toda a duração de sua vida!
Declaração ambiental
Segundo o Catas, é fácil entender como este método impõe ferramentas de avaliação e medição rigorosas e precisas para ser capaz de gerar uma “Declaração de Produto Ambiental EPD”, uma “declaração ambiental” que pode ser verificada por terceiros e tornada pública – através de bancos de dados de operadores de programas reconhecidos mundialmente. Isso porque as “características ecológicas” de um bem podem ser conhecidas por todos e, portanto, tornam-se – por que não – um “plus” entre os motivos de compra.
– Empresa brasileira se posiciona sustentável
Definir a “carteira de identidade ambiental” de um produto exige conhecimentos e ferramentas complexos, bem como ter as informações necessárias para poder avaliar todos os aspectos que estão fora do controle direto do produtor (fornecimento de energia elétrica, logística, matéria-prima, …). Note-se que muitas vezes, infelizmente, testemunhamos operações fraudulentas de “lavagem verde” por empresas sem escrúpulos.
Ciclo de vida do mobiliário
Por isso, seriedade, competência, rigor, empenho são essenciais para aplicar de forma adequada um método que nos permita finalmente medir o impacto ambiental de um produto, evitando improvisações que também podem levar a erros sensacionais. Desde de setembro de 2020 está alocada uma força-tarefa para o tema, uma equipe de técnicos da Catas que participa de um projeto de capacitação de alto nível para apoiar as empresas neste processo virtuoso.
Assim, até junho de 2021, a Catas terá todas as ferramentas necessárias – habilidades, modelos, procedimentos – para oferecer assistência técnica às empresas do setor de madeira e móveis para a Avaliação do Ciclo de Vida do mobiliário. O serviço que a Catas irá oferecer será baseado num método técnico já adotado em muitos outros setores a nível internacional, com todos os ingredientes necessários de precisão e objetividade nas medidas definidas pela norma UNI 11698: 2017 “Estimativa, declaração e utilização de incerteza dos resultados de uma Avaliação do Ciclo de Vida – Requisitos e diretrizes”.
Uma avaliação que permitirá às empresas mensurar o “custo ambiental” de um produto levando em consideração todo o seu ciclo de vida, como já ilustramos, desde a extração da matéria-prima ao ciclo de produção, até o uso e “fim de vida ”, quantificando o consumo de recursos e as emissões. Uma atividade regulada por um conjunto de normas ISO que permitirá às empresas dar objetividade ao seu compromisso, podendo finalmente falar de “eco-design” não só como vontade ou compromisso moral, mas como estratégia de design e produção com objetivos implicações ambientais, mensuráveis e certificáveis.