Produção de colchões e camas-box deve crescer 5% em 2018, estima Iemi
Estudo aponta crescimento na produção e consumo aparente, bem como nas importações e exportações do segmento
Publicado em 24 de maio de 2018 | 17:10 |Por:
A produção de colchões e camas-box em 2018 deverá apresentar alta de 5,0% em volume de peças e 9,1% em valores em reais (4,3% em valores em dólares), de acordo com um estudo “O Mercado Potencial de Colchões e Cama-Box”, produzido pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi). Já as importações deverão ter alta de 1,85% em volumes, 33,5% em valores, ao passo que as exportações deverão crescer 27,9% em volumes e 3,6% em valores.
O estudo também aponta que em 2017 a produção de colchões e camas-box obteve leve crescimento de 0,4% em peças produzidas sobre 2016. No ano passado, o destaque se deu pela alta de 36,5% nas exportações e 8% nas importações. Entretanto, mesmo com o incremento na participação de importações e exportações, o comércio exterior ainda ocupa baixa participação no mercado brasileiro.
O consumo aparente (a soma do consumo interno e das importações, reduzindo-se as exportações) destes produtos, segundo a estimativa, deverá crescer 4,9% em 2018 em volume de peças e 9,2% em valores (reais).
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“Os dados demonstram dois pontos relevantes. Primeiro, de bom nível de produção de colchões e camas-box e boa qualidade dos produtos fabricados em território nacional, sem que seja necessário dependência de importação de colchões. O mercado brasileiro de colchões é considerado um dos maiores e melhores do planeta. Segundo, a demanda e oferta são tão ajustadas ou equilibradas, que não existem excedentes suficientes para o aumento ainda mais significativo de exportações dos colchões”, aponta o estudo do Iemi.
A Associação Brasileira das Indústrias de Colchões (Abicol) destacou o aumento nas exportações do segmento, afirmando ser essa a saída que o setor encontra diante de um mercado interno desaquecido. De acordo com a entidade, as isenções tributárias para produtos e empresas exportadoras é uma condição favorável para os fabricantes que já estão bem posicionados em relação à qualidade e ao desempenho de seus colchões. “A qualidade dos produtos brasileiros os coloca em condição competitiva em qualquer lugar do mundo”, diz o vice-presidente da associação na região Sudeste, João Flávio Nogueira Andrade.
“Nos últimos anos o mercado interno de colchões ganhou mais um aliado: a certificação compulsória de colchões de espuma e de molas. Fabricantes e importadores tiveram que se adaptar para atender os requisitos estabelecidos pelo Inmetro. Os consumidores passaram a contar com a garantia de padrão de desempenho e os fabricantes com um regulamento comum a todos”, complementa Andrade.