Exportações de móveis e colchões crescem em fevereiro
Em fevereiro, exportações de móveis e colchões avançaram 26,9% em relação a 2020; negociações com o Chile cresce 165% na comparação com 2020
Publicado em 31 de março de 2021 | 11:23 |Por: Thiago Rodrigo
As exportações de móveis e colchões continuaram em ascensão em fevereiro de 2021. Após abrir o ano em ritmo positivo, as vendas internacionais do setor moveleiro no segundo mês do ano foram 26,9% superiores às registradas em fevereiro de 2020, período ainda pré-pandemia. O resultado valida, mais uma vez, o movimento crescente das exportações brasileiras para importantes mercados internacionais.
Os dados são do “Monitoramento das Exportações” — estudo mensal de inteligência comercial e competitiva do Projeto Brazilian Furniture, realizado pela Abimóvel e Apex-Brasil com o detalhamento das exportações, com destaque para os mercados-alvos do projeto.
Exportações de móveis e colchões
A dinâmica das exportações por categoria, no entanto, foi bastante diferente da do mês anterior. Em fevereiro, o grande destaque ficou por conta dos colchões, crescimento de 63,4% na comparação com igual mês em 2020. A Bolívia, aliás, foi o principal destino dos colchões brasileiros no período, aumento de 76,3% na mesma comparação, seguida por outros países da América do Sul.
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Na sequência, por categoria, aparecem os móveis de madeira, com crescimento de 28,8% na comparação fevereiro 2020-2021, tendo como o principal destino os Estados Unidos, crescimento de 42,3%. Os estofados também apresentaram variação positiva, 13,6%. As exportações de móveis de metal, porém, recuaram 25,1% na variação mensal. Vale ressaltar que o segmento aço é um dos que mais vem sofrendo com a escassez e super precificação de matéria-prima nos últimos meses. A crise no abastecimento, aliás, está em pauta junto ao Ministério da Economia.
Destinos dos móveis brasileiros
Ainda na comparação com igual período do ano anterior, os Estados Unidos continuam na liderança, como o principal mercado importador de móveis brasileiros: aumento de 34,2%. As exportações moveleiras para o Chile também crescem a ritmo acelerado: a variação foi de 165% em fevereiro. Com isso, o Chile assume a segunda posição entre os principais destinos dos móveis brasileiros, com o Reino Unido caindo para a terceira posição ao apresentar um recuo de 11%, após meses de instabilidade. Entre os cinco principais destinos, esta foi a única variação negativa no segundo mês do ano.
A evolução das negociações com o mercado chileno de fato demonstra um momento de novas oportunidades para o setor moveleiro nacional. Do montante de móveis e colchões exportados pela indústria brasileira no acumulado de todo o ano passado, o Chile teve participação de 10,4% no total.
Mais uma vez ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A proximidade e os acordos entre os dois países podem continuar favorecendo o cenário de evolução dos negócios, especialmente em face das diversas restrições de mobilidade impostas globalmente, além das questões cambiais.